| 11/03/2008 17h45min
O dólar ensaiou leve alta em relação ao real no início da tarde desta terça-feira em meio a rumores sobre eventual adoção de medidas cambiais pelo governo, mas rapidamente retomou queda forte com as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que "não há nenhum pacote cambial em curso".
O governo poderá, sim, adotar novas regras para conter a excessiva valorização do real frente ao dólar. Mantega também admitiu que o governo poderá acabar com a cobertura cambial (exigência de que as receitas com exportação sejam internalizadas no país).
Hoje, o governo permite que apenas 30% dos recursos sejam mantidos no Exterior e, segundo interpretações de alguns operadores, o ministro sinalizou que o governo poderá vir a permitir que 100% dos recursos venham a ser mantidos no exterior.
Essa indicação elevou o clima positivo no mercado, que já vinha sendo amparado pelos fortes ganhos das Bolsas internacionais, que alavancaram a valorização da Bovespa,
afirmou Vanderlei Arruda, gerente de
câmbio da Corretora Souza Barros.
No fechamento, o dólar comercial valia R$ 1,685, em baixa de 1,23%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista estava na cotação mínima do dia, de R$ 1,683, em queda de 1,29%. O giro total à vista somou cerca de US$ 3,228 bilhões.
Lá fora, as Bolsas européias fecharam em alta, e os índices acionários norte-americanos ampliaram suas valorizações, dando impulso adicional à Bovespa. Os ganhos estão sendo amparados pela ação coordenada dos bancos centrais, liderados pelo Federal Reserve (BC americano), para ajudar a aliviar as pressões do mercado de crédito.
Entre as medidas anunciadas pelo Fed, está a expansão do programa de empréstimos de ativos em US$ 200 bilhões.
Segundo um operador, a leve alta do dólar no início da tarde, para R$ 1,708, após oscilar em baixa desde a abertura, refletiu os rumores de que o governo poderia voltar a aplicar tributação de 15% do Imposto de
Renda sobre os investidores estrangeiros que
dedicam recursos à dívida pública, ou poderia vir a adotar um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compensar em parte o fim da isenção do Imposto de Renda de 15% sobre o investidor estrangeiro, que vigora desde 2006.
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