| 12/03/2008 06h59min
Uma equipe da Rede Globo flagrou um espanhol sendo deportado no aeroporto de Fortaleza. O agente da Polícia Federal que barrou o estrangeiro alegou que ele não possuía comprovante para provar o endereço onde ele ficaria hospedado enquanto estivesse no Brasil. O agente deixou claro que o país está aplicando o princípio da reciprocidade, que prevê a aplicação do mesmo tratamento para os estrangeiros no Brasil que é dado aos brasileiros no país de origem do visitante.
— Os atos da PF do Brasil são recíprocos aos atos da polícia federal da Espanha. Uma das exigências é o senhor ter o endereço para ficar no meu país. O senhor está pedindo para ficar 90 dias, o senhor não tem (endereço). O senhor vai voltar pelo mesmos motivos que os brasileiros estão voltando do seu país, ok? — afirmou o agente ao barrar a entrada do Espanhol no país.
O turista voltou para a Espanha no mesmo avião que o havia trazido.
Rio de Janeiro
Dez estrangeiros, entre eles sete espanhóis,
foram obrigados a voltar para seus países horas depois de desembarcarem no Aeroporto Internacional do Rio, na Ilha do Governador (zona norte da cidade), entre sábado e segunda-feira. Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal no Rio, a repatriação aconteceu por falta de documentos.
Na última sexta-feira, chegaram ao Rio quatro brasileiros que foram impedidos de entrar na Espanha, entre eles dois estudantes que participariam de um congresso em Lisboa. Só na semana passada, a polícia alfandegária espanhola mandou de volta ao Brasil de pelo menos 30 pessoas. A PF havia informado, no entanto, que o procedimento de repatriação de estrangeiros é usual e não representa retaliação.
Segundo a superintendência, os primeiros estrangeiros a voltar para casa foram dois americanos que chegaram ao país no fim de semana. Um deles estava sem o passaporte e o outro com o visto vencido. Uma portuguesa que trabalhava no Brasil também foi obrigada a voltar
para seu país, porque
estava com o visto de trabalho vencido. Na noite de segunda-feira, os sete espanhóis que chegaram ao Rio num vôo da Iberia, foram mandados para casa. Segundo a assessoria da PF, apesar de eles afirmarem que viajavam a trabalho, eles não tinham os vistos necessários.
Salvador
No Aeroporto Internacional de Salvador, já chega a 19 o número de visitantes estrangeiros repatriados desde a quinta-feira passada. Nesta terça-feira, mais três espanhóis, uma alemã e um italiano foram mandados de volta à Europa, pouco depois de os vôos em que estavam pousarem no aeroporto.
O italiano desembarcou no fim da tarde. Procedente de Lisboa (Portugal), em um vôo regular da TAP, com 184 passageiros a bordo, Jean Pietro Boldini, de 50 anos, teve sua entrada recusada, segundo a Polícia Federal, por ter excedido o limite de 180 dias de visita permitidos pela legislação na última viagem que havia feito ao Brasil, em 2002.
Os
espanhóis e a alemã, que não tiveram os nomes divulgados
pela Polícia Federal, também foram repatriados - os agentes que efetuaram a fiscalização afirmaram apenas que eles preencherem todos os requisitos previstos pela lei de imigração. Eles vieram no vôo UX-083, procedente de Madri (Espanha), que pousou no aeroporto às 21h20. O UX-083, da Air Europa, tem quatro freqüências semanais Madri - Salvador e é o vôo mais visado pelas agentes da PF na capital baiana: dos 19 visitantes repatriados até o momento, 17 estavam nele.
Espanhol foi impedido de entrar no país por não ter o endereço de onde iria se hospedar
Foto:
Reprodução, Globo.com
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