| 13/03/2008 07h38min
Dois jogos contra o Juventude, duas derrotas. Não dá para dizer menos: o Inter virou freguês do Ju. E duvido que haja um só colorado capaz de negar procedência ao resultado. O Juventude jogou demais? Não, jogou bem, apenas. O Inter é que jogou nada. Foi quase constrangedor. Um time cheio de orgulho e títulos pareceu tremer, no Centenário. A expulsão de Edinho, no primeiro tempo, foi fatal. Na etapa final, quando o Juventude já vencia por 1 a 0, Abel deu uma mãozinha abrindo o time. Pode ser que agora o treinador se encoraje a tirar do time quem nada está jogando há muito tempo. Fernandão é o primeiro da lista. Orozco, o segundo. Não basta dizer que ninguém joga no nome. É preciso praticar. Duas vitórias do Ju. E ontem, de goleada. O Juventude é melhor
Novo esquema
Celso Roth experimentou no treinamento de ontem o esquema tático que deverá aplicar esta noite, no Olímpico, contra o Caxias. A nova proposta tática pode ser anunciada como 4-5-1 ou,
simplesmente, 4-4-2 com Roger
fazendo o papel de segundo atacante.
Esta possibilidade já foi cogitada, neste espaço, logo após a contratação de Roger, apoiada na idéia de que o meio-campo do Grêmio fica leve e vulnerável demais com apenas dois jogadores dedicados às tarefas de marcação.
Domingo, contra o Novo Hamburgo, estas fragilidades apareceram com nitidez.
Força no meio
No treinamento, o meio-campo foi formado com Eduardo Costa, Nunes, Anderson Pico, Julio dos Santos e Roger. É difícil imaginar esta composição tendo bom rendimento, mas a ausência de Willian Magrão, suspenso pelo cartão amarelo, complicou. Não acredito em Anderson Pico no meio, penso que o seu lugar é na lateral.
A escalação é emergencial, mas a providência inovadora de Roth pode indicar que ele está consciente da necessidade de robustecer o meio-campo. Bons treinadores antevêem os problemas e antecipam soluções.
O atalho para o
fracasso é acomodar no time os jogadores considerados melhores em desfavor do
equilíbrio. Esta é a regra.
Para cada exceção existem 10 casos de insucesso.
Virou ofensa
Apelidar de carrossel o jeito de o Inter jogar virou ofensa. Bem, se a adjetivação qualificadora é tida como ofensiva, o que se deveria ter dito sobre o fiasco do Inter, em 2007, quase tão majestoso quanto o fracasso no Gauchão de 2006? Considerando as reações deste momento, as conceituações da época foram muito mais amenas do que deveriam. Mas esta é a nossa cultura.
O elogio faz mal e a crítica mobiliza. Ótimo.
Na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, vamos reiterar que os times da Dupla são umas drogas. Os clubes e as torcidas preferem assim. Podemos chamar esta atitude de sadismo futebolístico à gaúcha. Que coisa!
Operários
Celso Roth, comentando a declaração de Roger sobre o "time de operários" do Grêmio:
- Acho
que o Roger foi muito feliz...O time que não tiver operários não chega a lugar algum.
Pareceu recado
indireto ao próprio Roger.
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