A secretária de Estado americana já foi ao Palácio do Planalto, em Brasília, para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta bilateral, os destaques são os assuntos relacionados com os biocombustíveis e, em particular, com a produção de etanol. No plano internacional, a agenda abrangerá desde o conflito diplomático entre Colômbia, Equador e Venezuela, até a situação no Oriente Médio, na qual o Brasil tenta exercer um papel mais ativo na busca de alternativas que permitam pacificar a região.

Condoleezza chegou à capital federal no início da manhã e já se reuniu com o pessoal da embaixada dos Estados Unidos e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no Palácio do Itamaraty. Ela foi recebida com protesto da União Nacional dos Estudantes (UNE), que criticava as guerras no Iraque e no Afeganistão. Os chanceleres assinaram acordo para o combate à discriminação racial.

O documento também foi assinado pelo ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos. O convênio trata da melhoria e ampliação de programa de intercâmbio entre alunos brasileiros e universidades "historicamente negras" dos EUA, como as de Chicago e Columbia, chamadas assim por estarem entre as primeiras a abrir vagas para negros no país.

A secretária ainda concederá entrevista coletiva e terá um almoço de trabalho com Amorim. Depois, ela seguirá rumo a Salvador, onde visitará alguns programas sociais. Amanhã, a americana segue para o Chile, segunda e última escala de sua breve viagem pela América do Sul.