| 13/03/2008 17h52min
O petróleo do tipo Brent, de referência na Europa, fechou nesta quinta-feira em alta no mercado de futuros de Londres após bater, durante o pregão, um novo recorde, de US$ 107,88. O barril do Brent para entrega em abril fechou a US$ 107,54 na Bolsa Intercontinental de Futuros (ICE), US$ 1,27 a mais que no fechamento do dia anterior. A escalada do Brent coincidiu com a do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), de referência nos Estados Unidos, que estabeleceu novas marcas e superou hoje, pela primeira vez, a barreira dos US$ 111.
A tendência de alta do petróleo foi causada pela queda do dólar frente ao euro, afirmaram os analistas. A moeda européia bateu hoje outro recorde frente à divisa americana, após ultrapassar US$ 1,56 no mercado de divisas de Frankfurt (Alemanha), em um contexto de incerteza sobre a economia americana, maior consumidor energético do mundo. Essa fraqueza do dólar faz com que se barateiem matérias-primas como o petróleo ou o ouro — que são comercializadas na
moeda
americana — para investidores que possuem divisas mais fortes, o que acaba por estimular a demanda por petróleo.
— O dólar continua em baixa e há poucos investidores que acreditam em uma rápida recuperação da moeda americana e da economia dos Estados Unidos — comentou o analista Andrey Kryuchenkov.
Os especialistas também consideram que o encarecimento do petróleo está afetando a inflação em muitos países, entre eles os EUA. Isso poderia levar o país a entrar em recessão. Além disso, a preocupação dos mercados com o desabastecimento contribui para o encarecimento do petróleo, principalmente se for considerado o aumento da demanda por parte de economias em crescimento, como China e Índia.
Opep
De forma parecida ao Brent, o preço do barril referencial da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) bateu um quarto recorde histórico seguido, ao fechar a US$ 101,38 na quarta-feira, informou
hoje, em Viena (Áustria), o secretariado da organização
petrolífera. A Opep decidiu na semana passada manter seu nível de bombeamento, apesar da forte tendência de alta dos preços e da contínua pressão dos EUA para que aumente o nível de oferta. A Agência Internacional da Energia (AIE), que tenta coordenar as políticas energéticas entre os países mais industrializados, convocou uma reunião para o dia 17 para analisar a escalada do petróleo.
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