Bastou uma atuação modesta para o Inter derrotar o São José. Mais de 21 mil colorados foram ao Beira-Rio esperando por uma vitória e desejando ver uma ampla reabilitação técnica, que não aconteceu. O São José programou-se para se defender mas, mesmo assim, teve boas oportunidades para marcar gols. A defesa colorada, novamente, vacilou em vários momentos. Por sua culpa e falta de proteção. Orozco foi uma reprodução dele próprio, nos últimos jogos.

Pelos lados
Marcão, autor dos dois gols, foi o destaque do jogo. Aproveitou bem a liberdade e os espaços deixados pelo adversário, vantagem que se repetiu no outro lado sem que Wellington Monteiro tirasse bom proveito. Aliás, WM está oferecendo lugar para Bustos.

Sem ataque
O ataque colorado, mais uma vez, não funcionou. Iarley levantou poeira na esquerda, direita, meio-campo, menos na área adversária. Teve poucas e ineficientes conclusões. Fernandão, como Iarley, não economizou esforços. Deu o passe para o primeiro gol, participou do tabelamento que originou o segundo gol mas só teve presença ofensiva mais destacada quando o São José já perdia por dois a zero e então tentava a reação que lhe era possível.

Apenas Guina
No meio-campo, apenas Guiñazu manteve a média. Bem marcado, Alex produziu abaixo do seu normal. Magrão quase não foi visto e Maycon substituiu Edinho com segurança e seriedade. A defesa foi surpreendida e Orozco foi a reprodução dele mesmo.

Fernandão
De Fernandão cobra-se o que Fernandão pode dar. Sábado, mais uma vez, a sua atuação foi discreta. Talvez esteja faltando um atacante, mais à frente, que ele possa municiar. Fora do campo, Fernandão e Iarley são amigos fraternais, se entendem muito bem. Nos jogos, entretanto, este entendimento pouco se manifesta.

Confirmou
Vencendo o Santa Cruz, nos Plátanos, o Grêmio vai confirmando a melhor campanha do Gauchão, até aqui. Jogo feio, duro de ver. Tão duro e ruim quanto o gramado. A vitória gremista foi efeito da ousadia de Celso Roth que, no segundo tempo, abriu o meio-campo substituindo Maylson, que estava mal, por um atacante. O Santa Cruz cresceu, ameaçou, fez gol mas prevaleceu o atrevimento e a qualidade de Perea, fazendo um cruzamento perfeito para Tadeu, que entrara no lugar do ineficiente Reinaldo.

Falhas aéreas
Desta vez, a dupla Leo e Pereira se deu mal. Sofreu dois gols de cabeça, em bolas paradas, e Leo chegou a surpreender rosqueando uma bola contra o seu travessão. Paulo Sérgio fez um gol e deu o cruzamento para outro. Roger não conseguiu jogar, marcado pelo campo e pelo Santa Cruz. Jogo ruim, vitória boa.

Reapareceu
O melhor desempenho técnico do jogo foi, inquestionavelmente, o de Bruno, ex-Grêmio. Liderou o Santa Cruz, conduzindo os seus ataques e marcou um golaço, de cabeça. Parece que a dureza da vida o está ensinando a viver.