Dois julgamentos provocam calafrios nos dirigentes do classificado Inter-SM. Apesar da boa campanha e da vaga matematicamente garantida na fase final, o clube pode perder o mando de campo logo na fase decisiva.

O primeiro julgamento será às 17h30min de quarta-feira, no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). O árbitro da partida contra o Brasil-Pe, disputada no dia 29 de fevereiro, relatou na súmula o atraso de quatro minutos para o time voltar do vestiário no intervalo, e o recolhimento de uma pedra que teria sido arremessada por torcedores contra o goleiro xavante Rodrigo Silva.

Na primeira situação, a pena, em caso de condenação, é o pagamento de multa de R$ 5 mil por minuto de atraso, totalizando R$ 20 mil. Já para a pedra arremessada, a penalidade é mais pesada: além de desembolsar até R$ 500 mil, o clube também pode ser punido com a perda do mando de campo, de um a três jogos, o que começaria a valer já para a partida contra o Juventude, no sábado.

A defesa do Inter-SM ficará a cargo do vice jurídico do clube, o advogado Alberto Olivier, que acredita na absolvição nas duas situações.

- Em relação à pedra, nós nem sabemos se ela realmente veio das arquibancadas. Temos relatos de pessoas que estavam atrás do gol que a pedra teria sido dada ao goleiro por jogadores reservas do próprio Brasil-Pe - afirma Olivier.

Outro julgamento, entretanto, ainda não foi marcado. Ele se refere à partida contra o Veranópolis, no dia 6 de março. O árbitro Carlos Simon descreve na súmula o momento em que o goleiro Willian reclama ter sido atingido por um sinalizador que partiu da torcida que fica atrás do gol. Mesmo sem ver o lance, Simon recolheu o sinalizador e anexou como prova.

- Ele (o julgamento) ainda não tem data para ocorrer. Mas, como o fato foi citado em súmula pelo árbitro, certamente será considerado pelos auditores do tribunal - adianta o secretário do TJD, Sérgio Cabral.