| 19/03/2008 12h07min
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, classificou de "escandalização do nada" a crise gerada com o uso irregular de cartões corporativos do governo federal.
— O folclórico, o pitoresco sempre chama atenção. Se fala numa farra, mas estão fazendo a escandalização do nada — disse nesta quarta-feira à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.
Ele defendeu o uso dos cartões sob o argumento de que a transparência e o controle são maiores e disse que a CGU estuda uma forma de colocar no Portal da Transparência os dados de gastos feitos com saques em dinheiro. O ministro diz que, com isso, "estaremos com 80% a 90% de transparência das contas de suprimento de fundo e teremos o controle social". Hage acrescentou que a maioria dos gastos com cartão é de "pequena monta, seja no valor total, seja no valor individual". Segundo ele, 53% dos gastos são menores que R$ 300, 13% estão entre R$ 300 e R$ 500 e apenas 9% são maiores
que R$ 2 mil.
Ele
apresentou dados sobre suprimentos de fundos e cartão corporativo no Executivo. No ano passado, foram R$ 99,5 milhões gastos com contas tipo B e R$ 78,03 milhões com cartão corporativo. Do total gasto com cartão corporativo, R$ 58,77 milhões foram sacados em dinheiro e R$ 19,25 milhões com cartão.
— Verificamos que, embora o saque fosse previsto como exceção, o saque era usado como regra — disse Hage.
A CPMI ainda ouve hoje o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ontem, a comissão ouviu representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e o ex-ministro do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Paiva.
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