| 19/03/2008 19h20min
O presidente do Cienciano, Juvenal Silva, disse nesta quarta-feira que o Flamengo terá de pagar uma multa de US$ 100 mil (cerca de R$ 172,6) se não viajar à cidade de Cuzco, a 3,4 mil metros de altitude, para enfrentar a equipe peruana no próximo dia 9 de abril, pelo grupo 4 da Libertadores.
Segundo declarações de Silva à agência Andina, o artigo 18 do regulamento da Libertadores diz que um clube que não for a campo para cumprir tabela precisará pagar a multa e perderá o jogo.
— Portanto, o presidente do Flamengo deverá pensar duas vezes na idéia de não vir a Cuzco — afirmou o dirigente, lembrando ainda que o Flamengo seria impedido de disputar outras competições da Confederação Sul-americana de Futebol (CSF) por três temporadas.
Silva respondeu desta forma ao presidente do Flamengo, Márcio Braga, que anunciou que se baseará na decisão da Fifa de ratificar o veto aos jogos na altitude para evitar que a equipe viaje a Cuzco. Na última segunda, Braga
disse que o Flamengo não teria de
ir a Cuzco por conta da determinação da Fifa, que reforçou o veto à realização de partidas em estádios localizados a mais de 2.750 metros acima do nível do mar sem uma preparação prévia de uma semana.
Cienciano e Flamengo estão no mesmo grupo do também peruano Coronel Bolognesi e do Nacional, do Uruguai — líder da chave com os mesmos seis pontos do time de Cuzco, mas levando vantagem nos critérios de desempate. O Flamengo, que enfrenta hoje o Nacional, tem quatro pontos, enquanto o Coronel Bolognesi é o lanterna, com um.
— Uruguaios e argentinos vieram a Cuzco e ninguém morreu. Por outro lado, eles saem daqui fortalecidos e cheios de energia porque se deram ao luxo de conhecer Machu Picchu — disse Silva.
Para o presidente do Cienciano, a postura do Flamengo deixa claro que o time carioca está com "medo".
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