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 | 19/03/2008 22h18min

Zagueiro do Caxias pega 120 dias de suspensão por agressão

Diego Correa pagou por ter desferido dois socos em Evilásio, do Sapucaiense

O zagueiro do Caxias, Diego Correa, foi suspenso por 120 dias pelo TJD, em julgamento realizado na noite desta quarta-feira. Citado na súmula pelo árbitro Carlos Simon, e flagrado pelas câmeras de TV agredindo com dois socos o atacante Evilásio, do Sapucaiense, o jogador poderia pegar até 1.080 dias de gancho, mas pegou a pena mínima.

O jogador estava enquadrado duas vezes no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça (CBJD), que versa sobre agressão, uma para cada soco que era acusado de desferir no atacante Evilasio, do Sapucaiense, a poucos minutos do final de partida realizada no dia 23 de fevereiro no Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo.

A má pontaria do zagueiro, que não acertou um dos socos no rival, terminou por beneficiá-lo no banco dos réus.

– A cena do último soco é muito forte. Mas, felizmente, o Tribunal acolheu a posição da defesa pelo primeiro soco como uma tentativa de revide e não uma agressão. Como ficou provado que ele apenas reagiu a uma ação do adversário no calor do momento, ficou pelo artigo 161 – esclareceu Batista, referindo-se ao expediente do CBJD segundo o qual "não há infração quando as circunstâncias que incidem sobre o fato são de tal ordem que impeçam que do agente se possa exigir conduta diversa".

O castigo de Diego pode tornar-se ainda menor. Dos 120 dias a que foi sentenciado pelo TJD, são abatidos aqueles que já cumpriu sem jogar desde o episódio – em 23 de fevereiro. Inclui-se no cálculo uma partida de suspensão automática (contra o Esportivo, em 1º de março) e o período em que vinha afastado por uma suspensão preventiva de 30 dias (decretada pelo tribunal em 6 de março).

– Além disso, vamos solicitar conversão de metade da pena em medida social, como distribuição de cestas básicas, por exemplo – ressaltou o advogado.

Na hipótese de sucesso da iniciativa, Diego Correa pode estar de volta aos gramados em aproximadamente 30 dias.

Já o Esportivo escapou da interdição da Montanha dos Vinhedos e o lateral-esquerdo Marciel, de uma suspensão que poderia chegar a 540 dias. Jogador e clube estavam denunciados nos artigos 211, 252 e 253 do CBJD, com base na súmula do árbitro Fabrício Neves Correa, que apitou a derrota para o Grêmio, em Bento Gonçalves, no dia 24 de fevereiro. Marciel foi penalizado com quatro partidas de gancho e o clube com multa de R$ 1 mil.

Também sentaram no banco dos réus os atacantes Romano e Vinícius Ferreira, expulsos no clássico Esportivo x Caxias, dia 1º de março. Romano pegou dois jogos de suspensão e Vinícius apenas um, já cumprido.

Em outro julgamento realizado pelo TJD na noite desta quarta-feira, o Inter-SM foi absolvido e o Estádio Presidente Vargas não será interditado. O árbitro Márcio Coruja relatou na súmula que o goleiro do Brasil-Pe, Rodrigo Silva, foi atingido no braço esquerdo por uma pedra arremessada pelos torcedores do colorado. Mas os auditores entenderam que o clube tomou todas as medidas necessárias para evitar a desordem.

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