| 20/03/2008 08h36min
O estresse no mercado financeiro americano na quarta-feira, após nova redução do juro básico e da taxa de redesconto pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) no dia anterior, indica que a autoridade monetária, mesmo com divergências sobre o tamanho do corte, deve ser obrigada a flexibilizar ainda mais a política monetária no país.
A avaliação dos analistas em Wall Street é resultado da percepção de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed vai agir conforme o necessário, como afirmou em comunicado logo após a decisão. Esse compromisso, dizem os analistas, faz com que tanto a maior deterioração nos dados econômicos quanto a piora nas condições do mercado provoquem nova flexibilização.
Essa leitura é feita também por aqueles que, logo após a divulgação do comunicado do Fed, disseram que sinais do fim do ciclo de corte do juro básico começavam a surgir. A interpretação de que o fim da flexibilização estaria mais próximo foi alimentada pela
combinação da maior ênfase aos
riscos de inflação com os dois votos dissidentes favoráveis a uma ação 'menos agressiva'.
No entanto, as ponderações não superam as avaliações, feitas também com base no comunicado de terça-feira, de que o Fed manteve a porta aberta para mais cortes da taxa de juros, ao mencionar, por exemplo, o 'enfraquecimento da perspectiva da atividade econômica'.
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