| 22/03/2008 08h11min
Embora posicionados em extremos opostos na tabela do Grupo 2 do Gauchão, Caxias e 15 de Novembro dificilmente poderiam ter confronto mais decisivo do que às 18h30min deste sábado, no Estádio Centenário. O time grená, segundo colocado, quer carimbar o passaporte antecipado à segunda fase do campeonato. O representante de Campo Bom, lanterna, luta desesperadamente para evitar o rebaixamento, ainda que depende de resultados paralelos para escapar.
O duelo reserva algumas peculiaridades. A equipe da casa treinou desde quarta-feira sem seu comandante titular. Gilson Kleina viajou às pressas para auxiliar a mulher, grávida de sete meses, em Curitiba. E os treinos ficaram a cargo do auxiliar Jair Leite.
— O Gilson não estava, mas seus olhos estavam. Conversamos por telefone, ele ficou a par de tudo que estava acontecendo e passou tudo o que queria que trabalhássemos aqui. O importante é que estamos atentos à situação do 15 de Novembro: os resultados deles não estão vindo,
mas o time é muito
perigoso — destacou Jair.
Outro aspecto curioso do confronto reside em alguns dos protagonistas. Três jogadores que começarão a partida pelo Caxias já vestiram a camisa amarela de Campo Bom em outras ocasiões.
— O 15 sempre foi um clube que chegou e agora está lutando para não cair. Com certeza, a pressão lá deve estar muito grande. Mas, agora não tem: estou vestindo a camisa do Caxias e o jogo é decisivo para nós, vale classificação. Não interessa se eles podem cair — ponderou o lateral-esquerdo Cris, recentemente convertido em zagueiro.
Autor de três gols no estadual, o centroavante Kempes esteve no Estádio Sady Schmidt, no Gauchão do ano passado.
— Não podemos menosprezar eles. Com certeza, tem bastante cobrança interna, lá, neste momento. Uma pena que possa acontecer contra a gente, mas o rebaixamento não vem de um jogo só e o importante para o Caxias é a classificação.
Um dos líderes do grupo, o zagueiro
Marília defendeu o adversário desta rodada em dois
Estaduais.
— É complicado. A gente lamenta pelos amigos que estão lá, pela comunidade, mas o futebol é assim. A gente respeita muito o 15, pois é um clube grande e merece toda nossa consideração. Mas agora tenho que representar o Caxias. Meu compromisso é aqui — concluiu.
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