Quando o árbitro Leandro Vuaden entrou no gramado para fazer o aquecimento para a partida de logo mais entre Veranópolis e Inter encontrou uma faixa dizendo "Leandro Vuaden, persona non grata em Veranópolis". O vice-presidente do time da casa Gilnei Fávaro assumiu a autoria, alegando ser um ato de protesto:

— Não foi consenso, a diretoria não estava sabendo. É uma faixa como torcedor do Veranópolis. Se alguém achar que não está com o direito desta faixa ficar aí, pode tirar, nós colocamos de fora do alambrado. Uma simples lembrança para o Vuaden. Vocês lembram o que aconteceu, o Veranópolis deixou de arrecadar cerca de R$ 1 milhão porque não participar de uma final de Campeonato Gaúcho. Nós não queremos que o Vuaden apite em favor do Veranópolis, mas corretamente.

Fávaro se refere a um suposto pênalti não marcado por Vuaden na primeira partida da semifinal do Gauchão 2007 entre Veranópolis e Juventude. Na ocasião, o zagueiro Ricardo, do time de Caxias do Sul, interceptou um cruzamento com os braços, e Vuaden, com a visão encoberta, não assinalou.

Vuaden se mostrou tranqüilo frente ao protesto:

— A pessoa que fez teve uma intenção. É através de faixas e outras manifestações que já estamos acostumados, é algo inédito colocado no meio do campo. Vou manter a minha tranqüilidade, não pode me abalar. O espetáculo que vai ser disputado é muito maior do que qualquer coisa. Paciência.

O presidente do Inter Vitorio Piffero discorda da atitude do dirigente do Veranópolis.

— É uma expressão muito forte. A expressão 'persona non grata diz tudo', e isso é ruim. A cho que os árbitros erram, nós mesmos temos sido críticos, mas mais à forma como a Federação (Gaúcha de Futebo — FGF) dispôs as arbitragens. Falar do Vuaden está errado, na minha concepção, porque é um dos três melhores árbitros que nós temos aqui.

Piffero destacou a experiência do árbitro e por isso, se disse tranqüilo quanto à sua atuação:

— Eu tenho certeza que isso não vai afetar a arbitragem do Vuaden.