| 25/03/2008 11h36min
A repressão da China aos protestos pela independência do Tibete segue tendo repercussão com os Jogos Olímpicos de Pequim. Nesta terça-feira, o presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que “não se pode descartar nenhuma possibilidade” em resposta às organizações de defesa dos direitos humanos que propõem um boicote à Olimpíada.
Em seguida, o escritório do presidente veio à público deixar claro que a declaração se referia especificamente à idéia de ignorar a cerimônia de abertura das disputas em solo chinês, marcada para 8 de agosto.
Em deslocamento a Tarbes, pequena cidade localizada no sul da França, Sarkozy tentou explicar sua posição um dia após protestos contra as ações do governo chinês no Tibete terem marcado o acendimento da chama olímpica, na Grécia.
– Quero que o diálogo comece e formularei minha posição em função da resposta que será dada pelas autoridades chinesas – afirmou.
Anteriormente, a posição de Sarkozy fora acompanhada pelo secretário de esportes da França, Bernard Laporte, que declarou que pode apoiar um boicote à cerimônia de abertura da Olimpíada.
– Se isso fizerem avançar as coisas e alterar a liberdade dos direitos na China, não sou contra – salientou.
Nesta segunda-feira, o principal grupo responsável pela invasão da cerimônia, no momento em que o presidente do comitê organizador dos Jogos Qi Liu discursava, era justamente francês, batizado de Repórteres sem fronteiras. Com algemas no lugar dos tradicionais anéis olímpicos, os manifestantes destacavam o ferimento dos direitos humanos na China.
GAZETA PRESS
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Foto:
Narendra Shrestha, EFE
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