| 27/03/2008 10h00min
O dólar à vista abriu em baixa de 0,14% nesta quinta-feira, cotado a R$ 1,7235 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Ontem, a moeda americana fechou em baixa de 0,29% a R$ 1,726. Como nada mudou nos cenários doméstico e internacional, se espera mais volatilidade para o mercado doméstico de câmbio. Dessa vez, o dia deve começar com a tranqüilidade prevalecendo nos negócios. As bolsas e as commodities sobem no Exterior e o dólar ganha fôlego ante as principais moedas estrangeiras. A perspectiva é que a moeda americana inicie o dia de lado ante o real, com leve tendência de queda.
As possíveis ameaças a esse clima ameno vêm, principalmente, da agenda de indicadores econômicos americana. Nesta quinta, saem dados do auxílio-desemprego e a revisão final do produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado. Também serão divulgados números sobre o lucro das empresas americanas no último trimestre de 2007. Todos com potencial para mexer com as ações e
com as
expectativas dos investidores ao redor do globo. Afinal, a crise dos EUA e seus desdobramentos continuam sendo o motor principal das transações dos mercados.
Por aqui, o relatório de inflação do Banco Central (BC) divulgado nesta manhã também chama atenção. O documento era aguardado com certa ansiedade pelos analistas, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou uma possível alta na taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 11,25% ao ano. No relatório, o BC elevou a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O cenário de referência sinaliza alta de 4,6% para o IPCA em 2008. A elevação também foi registrada na expectativa para a inflação em 2009, que passou de 4,2% para 4,4%. O cenário de referência utilizado pelo BC para o Relatório de Inflação considera a Selic em 11,25% ao ano ao fim de 2008 e a taxa de câmbio a R$ 1,70 por dólar em dezembro deste ano.
Efeitos do documento no mercado, no entanto, são mais prováveis no
mercado de juros
futuros. Ainda assim, a depender da intensidade desse impacto, o câmbio pode sentir. Afinal, parte importante da formação das cotações do dólar é determinada pela arbitragem de investidores estrangeiros e, portanto, as mudanças de posições em contratos com taxas pós-fixadas (DI) influenciam a trajetória da moeda americana.
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