| 02/04/2008 18h08min
O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou nesta quarta-feira com alta de 3,8% e se aproxima dos US$ 105 em Nova York, após ser anunciado que as reservas de gasolina nos Estados Unidos diminuíram bastante.
Ao fim do pregão regular da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de petróleo WTI para entrega em maio subiram US$ 3,85 em relação ao preço anterior e fecharam a US$ 104,83 o barril (159 litros).
A forte alta no valor do petróleo coincidiu ainda com um enfraquecimento do dólar frente ao euro e a outras divisas, o que costuma estimular as compras de matérias-primas que, como o petróleo, são negociadas em dólar nos mercados internacionais.
O encarecimento do petróleo ocorreu também paralelamente à forte alta registrada hoje pelos preços dos combustíveis e, em particular, pelo da gasolina, que subiu 5% frente ao dia anterior.
Os contratos de gasolina para entrega em maio terminaram a US$ 2,7736 o
galão (3,7 litros), US$ 0,13 a mais que no dia
anterior.
Os contratos de gasóleo de calefação para o mesmo mês terminaram a US$ 2,9510 o galão, US$ 0,07 acima do preço de terça-feira.
O gás natural para entrega em maio também encareceu e finalizou o pregão a US$ 9,83 por mil metros cúbicos, após subir US$ 0,11 frente ao preço anterior.
O barril de petróleo WTI era negociado a menos de US$ 100 logo após ser anunciado que as reservas de petróleo armazenadas nos Estados Unidos na semana passada aumentaram quase três vezes mais que o previsto.
As reservas de petróleo subiram em 7,4 milhões de barris, quando os especialistas previam um aumento de pouco mais de dois milhões.
No entanto, o total armazenado, de 319,2 milhões de barris, é 3,3% inferior ao volume do mesmo período em 2007, segundo cálculos divulgados hoje pelo Departamento de Energia americano (DOE).
As reservas de gasolina desceram em 4,5 milhões de barris, o dobro do esperado,
mas o total, de 224,7 milhões, é 10,7% superior ao do ano passado.
As reservas de produtos destilados, incluindo o gasóleo de calefação e o diesel, tiveram redução de 1,6 milhão de barris e o total, de 109,7 milhões, é 8,7% menor que o de 2007 na mesma época.
Os dados do DOE refletiram ainda que as refinarias americanas aumentaram ligeiramente seu ritmo de atividade e operaram a 82,4% de sua capacidade, 0,2% a mais que na semana anterior.
As importações de petróleo ao mercado americano foram de uma média de 10,3 milhões de barris na semana passada, quase 1,4 milhão a mais que na anterior, o que favoreceu o crescimento dos estoques.
Os dados de demanda de combustíveis continuam demonstrando sinais de retrocesso frente ao mesmo período do ano anterior e o total de produtos fornecidos ao mercado nas últimas quatro semanas foi de uma média de quase 20,3 milhões de barris diários, 1,3% a menos que há um ano.
A demanda específica de gasolina se situou em uma média de 9,2 milhões de barris
diários em março, um nível similar ao de há um ano, e a
de destilados foi de 4,2 milhões de barris diários, 3,1% a menos que no mesmo período do ano passado.
O preço do WTI tinha se movimentado em baixa nos últimos três pregões, mas não fecha no mercado nova-iorquino a menos de US$ 100 desde 4 de março.
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