| 03/04/2008 11h56min
O mundial de Fórmula-1 de 2008 chega ao Barein para sua terceira etapa com um destaque que passa longe da disputa entre escuderias e pilotos: o recente escândalo sexual envolvendo o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, o inglês Max Mosley.
Quando os carros entrarem na pista de Sakhir para o primeiro treino livre, às 4h de quinta-feira (horário de Brasília), o assunto principal ainda será o vídeo revelado pelo tablóide inglês News of The World. Nas imagens Mosley aparece participando de uma orgia sexual sadomasoquista em Londres com cinco prostitutas vestidas como soldados nazistas da II Guerra e com roupas que lembravam prisioneiros judeus.
A gravidade do caso é tal que crescem as pressões para que o
dirigente — casado há mais de 40 anos e com dois filhos, e cujo pai, Sir Oswald Mosley, foi fundador do partido União Britânica de Fascistas nos anos 1930 — deixe o comando da FIA. Enquanto isto, o site da entidade continua alheio aos acontecimentos envolvendo seu presidente e dá destaque ao que de fato é importante na Fórmula-1: a próxima corrida.
A prova deste final de semana no Barein será crucial para o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, que ainda não pontuou na atual temporada, liderada pelo inglês Lewis Hamilton, da McLaren, com 14 pontos. O piloto está sob grande pressão depois de ter abandonado a última corrida, na Malásia — vencida inclusive por seu companheiro de escuderia, o finlandês Kimi Raikkonnen —, após um erro numa curva.
A partir de então o nome do brasileiro chegou a ser alvo de boatos, que diziam que seria demitido da Ferrari no final de 2008, antes do término de seu contrato. No Barein o brasileiro espera repetir o desempenho de 2007, quando fez
a pole position e
venceu a prova, para afastar de vez os rumores negativos.
Os outros dois brasileiros da Fórmula-1, Nelsinho Piquet, da Renault, e Rubens Barrichello, da Honda, também buscarão seus primeiros pontos em 2008 neste GP.
Além dos tradicionais destaques Ferrari e McLaren, a BMW Sauber começa a aparecer como uma incômoda terceira força no mundial deste ano após dois segundos lugares em duas provas, primeiro com o alemão Nick Heidfeld, na Austrália, e depois com o polonês Robert Kubica, na Malásia.
A escuderia comandada pelo alemão Mario Theissen vem surpreendendo pelo grande desempenho no início da temporada 2008 e ocupa a vice-liderança no Mundial de Construtores, com 19 pontos, atrás apenas da McLaren, com 24.
Além da disputa por pontos, os competidores terão outro desafio no Barein: o acerto dos carros, já que o circuito de Sakhir foi erguido no meio do deserto e os ventos no local costumam carregar areia para a pista, provocando
condições imprevisíveis de aderência.
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