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 | 03/04/2008 15h23min

Leitor-espião: Nas mãos de Bonamigo, Paraná vem em ascensão

Atacante Joelson superou má fase e já tem sete gols no ano

Jéfferson Curtinovi  |  jefferson.curtinovi@zerohora.com.br

No dia 23 de março, mais de uma semana antes da definição do adversário do Inter nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, o leitor Valmir Selle Nunes postou em um mural de zerohora.com: "O time do Paraná é bem limitado, mas o Bonamigo tem conseguido um bom conjunto. Atualmente tem se destacado Joelson, que em outros tempos era massacrado pela torcida".

Valmir, além de colorado, mora no Paraná há seis anos e acompanha de perto o time treinado pelo ex-volante da dupla Gre-Nal, Paulo Bonamigo, que garantiu vaga ontem mesmo perdendo por 2 a 1 para o Vitória fora de casa. É o leitor-espião da vez.

A reportagem checou as informações, e o Sherlock Holmes a serviço de Abel Braga tem razão. Bonamigo assumiu em fevereiro, depois da queda de Saulo de Freitas, e encaminhou classificação para as semifinais do Estadual: basta empatar com o Engenheiro Beltrão, domingo. Isso não significa, porém, que tudo esteja bem: rebaixado à Série B do Brasileirão, a equipe ainda carece de confiança.



Joelson é um dos poucos incontestados pela torcida. Marcou sete gols no ano — seis no Paranaense e um na Copa do Brasil. Um deles garantiu vitória contra o rival Atlético-PR em plena Arena da Baixada pela segunda fase do Estadual.

O atacante, no entanto, como destacou Valmir, tem uma trajetória turbulenta no clube. Foi contratado em 2006 como promessa, num momento em que o Paraná estava bem no Brasileirão, próximo de vaga na Libertadores, mas não rendeu o esperado. Muito criticado, chegou a trocar socos com membros de uma torcida organizada do time. No início de 2007 foi emprestado para o Avaí, que disputou a Série B. Mesmo desacreditado, retornou em 2008. Com uma lesão muscular, não jogou a partida de volta contra o Vitória.

— É um jogador de forte vigor físico, guerreiro, com boa cabeceada e bom chute de fora da área. O problema é que em alguns momentos se desliga do jogo. É meio sonolento — diz um funcionário do clube.

Conhecidos dos gaúchos

No gol, o Paraná resgatou uma promessa do Inter, Fabiano Heves. Formado no Beira-Rio e com passagens pelas categorias de base da Seleção, ele jogou algumas partidas em 2002 antes de ser dispensado. Foi reserva de João Gabriel no Mogi Mirim e esteve no 15 de Jaú, na segunda divisão paulista.

Outro conhecido dos colorados é o zagueiro Daniel Marques, demitido em 2006 depois de organizar festa em seu apartamento que provocou protestos dos vizinhos e reclamações à direção. Além de Joelson, o meia Cristian, ex-Palmeiras, também é destaque. O time: Fabiano Heves; Daniel Marques, Luis Henrique e João Paulo (Ney); Araújo (Goiano); Jumar, Leo, Cristian e Everton; Giuliano e Joelson (Fábio Luís).

CBF tem três datas

A data e o local da primeira partida entre Inter e Paraná ainda dependem de definição da CBF, que sairá após os últimos jogos da segunda fase. As opções de dia são 16, 23 ou 30 de abril.

 
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