| 14/04/2008 17h28min
Após um suspiro de alta na sexta-feira, quando interrompeu oito baixas consecutivas, o dólar retomou a trajetória de queda hoje em relação ao real. O dólar comercial caiu 0,18% e fechou a R$ 1,687. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista também terminou o dia a R$ 1,687, em baixa de 0,21%. O volume financeiro total à vista somou cerca de US$ 2,017 bilhões.
O novo declínio foi assegurado pela continuidade do fluxo financeiro favorável diante da expectativa de um aumento da Selic, taxa básica de juros, pelo Banco Central nesta quarta-feira, o que deve elevar o diferencial de juros interno e externo. Essa previsão foi reforçada hoje pela pesquisa Focus, do BC, que trouxe revisões em alta das projeções do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, para 4,66%, acima do centro da meta de inflação (4,5%), e também para a taxa Selic no fim de 2008, para 12,75% ao ano.
A manutenção da fragilidade do dólar nos
mercados internacionais de
moedas frente ao euro e ao iene, mesmo após membros do Grupo dos Sete (G-7) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizarem no fim de semana que o declínio do dólar e a alta do euro é algo que não se pode ignorar, também desestimulou a demanda interna pela moeda.
Segundo operadores consultados, apesar do alerta do G-7 e do FMI de que é preocupante o momento atual de forte flutuação do dólar em relação ao euro e outras moedas, o mercado não se assustou porque não espera uma intervenção governamental no câmbio no curto prazo.
Desta vez, no entanto, o recuo das cotações no mercado à vista ocorreu com um giro reduzido. Isso reflete em parte a cautela dos investidores com a importante agenda interna e externa da semana. Aqui, os destaques são os dados do IBGE sobre vendas do comércio varejista e a reunião do Comitê de Política Monetária do BC. Nos Estados Unidos serão conhecidos os índices de inflação no atacado e no varejo, além do Livro Bege do Federal Reserve. São
esperados ainda balanços
de alguns grandes bancos, como Washington Mutual, Wells Fargo, JP Morgan, Merril Lynch e Citigroup.
No mercado interno, segundo operadores, o fluxo financeiro positivo ajuda a amenizar preocupações com a queda do superávit comercial. Na segunda semana deste mês a balança comercial teve um superávit de US$ 319 milhões, mas que é 62,11% menor que o superávit da semana anterior, que foi de US$ 842 milhões. Além disso, na comparação com a segunda semana de abril de 2007, quando o saldo foi de US$ 904 milhões, o superávit da semana passada foi 64,71% menor.
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