Os contratos futuros de petróleo atingiram recorde de alta no fechamento desta segunda-feira, em meio aos problemas na oferta e ao declínio do dólar. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato de petróleo leve com entrega em maio subiu US$ 1,62, ou 1,47%, para US$ 111,76 o barril. O contrato futuro de petróleo Brent para maio fechou em alta de US$ 1,06, em US$ 109,81 o barril, segundo dados preliminares, após atingir o preço máximo histórico de US$ 110,01 o barril durante a sessão. O petróleo acumula alta US$ 15,78, ou 16,4%, em 2008.

A gasolina RBOB (reformulated gasoline blendstock) para maio também fechou em recorde de alta a US$ 2,8218 o galão, com avanço de US$ 0,0145 ou 0,5%, na Nymex. O contrato de maio do óleo de calefação subiu 0,2%, para US$ 3,2029 o galão.

O mais recente salto no preço do petróleo foi desencadeado pela reação do mercado ao fechamento temporário de um oleoduto da Royal Dutch Shell nos EUA. A empresa informou que um vazamento descoberto sexta-feira no oleoduto Capline levou à suspensão do sistema durante o fim de semana.

O duto, com capacidade para 1,2 milhão de barris por dia, liga Louisiana a um "hub" (centro de distribuição) de petróleo em Illinois. A Shell informou que retomou hoje as operações, que devem voltar ao ritmo normal em alguns dias.

A notícia foi suficiente para dar mais força ao petróleo, que já havia atingido novas máximas na semana passada. O enfraquecimento do dólar no início do dia também contribuiu para a alta do petróleo, commodity denominada em dólar consumida internacionalmente.

Na semana passada, os preços do petróleo atingiram recordes depois que os dados semanais do Departamento de Energia mostraram que os estoques de petróleo, gasolina e destilados apresentaram declínios inesperados. As informações são da agência Dow Jones.