| 15/04/2008 12h33min
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) insinua que estaria aberta a um eventual interesse do Brasil em aderir no futuro à entidade, com sede em Viena. Mas deixa claro que no momento não existem negociações nesse sentido, que critérios devem ser seguidos e que seria o governo brasileiro quem deveria demonstrar ou não interesse pela Opep.
— A Opep é uma organização aberta — afirmou o diretor de comunicações da entidade, Omar Farouk Ibrahim.
Questionado se seria interessante para a Opep — que conta com 13 membros — ter o Brasil como membro, Ibrahim afirmou :
— Não temos porque excluir um país se ele cumprir todas as exigências e demonstrar interesse. Só no ano passado tivemos a adesão de dois novos países: Angola e o retorno do Equador, que havia deixado a Opep há alguns anos.
Segundo Ibrahim, para ser país membro há pelos menos três critérios a ser seguidos.
— O primeiro deles é ser um
exportador líquido de petróleo. O segundo critério é que nossas
recomendações e decisões sejam seguidas por esse país (com relação à quantidade de produção). Por último, o governo deve ser quem venha nos procurar para demonstrar interesse na adesão — afirmou o diretor de comunicações.
Em Viena, na sede da entidade, os comentários deixam claro que a adesão do Brasil à organização seria acima de tudo uma "decisão política".
Oficialmente, a Opep se recusa a falar da descoberta do novo campo de petróleo no Brasil.
— Não comentamos descobertas ou fatos envolvendo países que não fazem parte da organização — afirmou a assessoria de imprensa. Mas, nos bastidores, os recentes anúncios causaram surpresa e expectativas por parte dos diplomatas dos países que fazem parte do grupo.
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Foto:
EFE
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