Os contratos futuros de petróleo atingiram novas máximas históricas, refletindo a desvalorização do dólar em relação ao euro. O recuo nos estoques semanais de petróleo nos EUA e a queda na utilização das refinarias, divulgados ontem, também contribuem para a valorização dos contratos, disseram analistas, mas a alta já atrai algumas realizações de lucro.

O petróleo tipo Brent negociado na ICE, em Londres, atingiu a marca de US$ 113,38 por barril pela primeira vez, enquanto o petróleo leve (tipo WTI) alcançou a máxima de US$ 115,54 no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Às 8h01 (de Brasília), o Brent com vencimento em junho avançava 0,12%, para US$ 112,79 por barril, enquanto o petróleo WTI com vencimento em maio tinha alta de 0,10%, para US$ 115,04 o barril.

— No geral, está um tanto claro que os investidores não estão preparados para liquidar os futuros de petróleo no momento, com interesse dos fundos e de especuladores, que buscam melhor retorno nas commodities — disse Andrey Kryuchenkov, da Sucden Research.

— Enquanto o dólar estiver sob pressão, os participantes do mercado irão comprar ouro, petróleo e outras commodities.

Hoje cedo, o euro renovou o recorde de alta em relação ao dólar, a US$ 1,5985. Às 8h02 (de Brasília), o euro tinha leve baixa de 0,20%, para US$ 1,5917.

Segundo analistas, três dias seguidos de recorde nos preços continuam atraindo os investidores para o mercado de petróleo, mas o vencimento das opções sobre o contrato de maio na Nymex pode influenciar a movimentação do mercado, elevando o potencial de volatilidade nos negócios mais tarde.

Os operadores também estão de olho no impacto da greve em diversos portos franceses hoje, incluindo o ponto de distribuição de petróleo Fos-Lavera, onde quatro grandes refinarias estão localizadas, e o porto de Nantes-St. Nazaire, que inclui o terminal Donges, de 230.000 barris por dia. As informações são da Dow Jones.