| 20/04/2008 18h13min
O Palmeiras se impôs no Palestra Itália, derrotou o São Paulo por 2 a 0 e garantiu lugar na decisão do Campeonato Paulista contra a Ponte Preta, que neste sábado passou pelo Guaratinguetá. Léo Lima e Valdívia fizeram os gols do time da casa, que havia perdido o confronto do Morumbi por 2 a 1.
Como era esperado, o jogo foi recheado de polêmicas. No intervalo, integrantes do elenco são-paulino disseram terem sido atingidos por um spray de pimenta quando entraram no vestiário do Palestra. E logo após o segundo gol, a partida ficou paralisada por mais de quinze minutos por conta de um apagão no estádio. As informações são do GloboEsporte.com.
Equilíbrio e falha de Ceni
O jogo começou bem marcado e com poucas tentativas ofensivas. A primeira jogada de perigo surgiu somente aos 16 minutos, quando Adriano recebeu passe de Jorge Wagner, ajeitou e chutou forte, de longe, para fora. A marcação continuou forte dos dois lados. Os laterais não conseguiram chegar à linha de fundo. E o clássico permaneceu tático, estudado, mas com pouca técnica.
Na primeira troca de passes no sistema ofensivo o São Paulo, Jorge Wagner lançou Dagoberto, que driblou Elder Granja e cruzou para Joílson cabecear para fora. Já o Palmeiras apostou no péssimo estado do gramado para abrir o placar aos 21 minutos. Léo Lima arriscou chute de fora da área e Rogério Ceni falhou: 1 a 0 Verdão.
O gol animou o Palmeiras e enervou o São Paulo, que ficou exposto na defesa ao partir desordenadamente ao ataque. Aos 28 minutos, Léo Lima, em novo chute de fora da área, levou perigo ao gol de Rogério Ceni. Na jogada mais envolvente do Tricolor no primeiro tempo, Jorge Wagner cruzou, Adriano cabeceou, a bola bateu em Gustavo e não entrou.
O São Paulo voltou bem mais cedo para o segundo tempo. Ao chegar no vestiário de visitante do Estádio Palestra Itália, jogadores, comissão técnica e diretoria do clube do Morumbi se depararam com um mau cheiro de spray de pimenta.
Um dos mais revoltados com o acontecimento foi o vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O chefe do policiamento, Coronel Botelho, disse que o mais provável é que a torcida tenha comprado um produto similar e atirado por uma das janelas do vestiário de visitante.
Valdívia faz o segundo gol
Na etapa final, o São Paulo voltou com Borges na vaga de Dagoberto. Mas o Verdão começou com tudo e antes do primeiro minuto, André Dias derrubou Kléber. Elder Granja fez a cobrança e mandou a bola na barreira. Em seguida, falta para o Tricolor. Hernanes cobrou e chutou para fora.
O Verdão levou perigo aos seis minutos. Após cruzamento de Leandro, Rogério Ceni saiu mal do gol, Valdívia apanhou o rebote e chutou a bola para fora. Aos 12, Júnior arriscou de fora da área e Marcos defendeu. Aos 14, Hernanes chutou e o goleiro alviverde espalmou para escanteio. Na cobrança, Jorge Wagner cruzou e o zagueiro Gustavo quase marcou contra.
Na base do tudo ou nada, Muricy trocou o lateral Júnior pelo meia Hugo. Luxemburgo respondeu com Denílson e Wendel nas vagas de Diego Souza e Kléber, respectivamente. Aos 25, em cobrança de falta de Jorge Wagner, Marcos fez grande defesa e espalmou a bola para escanteio. Aos 27, foi a vez de Valdívia obrigar Rogério Ceni a fazer boa defesa. Já aos 30 os treinadores foram para as suas cartadas finais. Lenny entrou na vaga de Alex Mineiro e o garoto Sérgio Mota no lugar de Joílson. Mas, aos 35, o zagueiro André Dias foi expulso por deixar o braço no rosto de Valdívia.
Mesmo com um a menos, Borges perdeu gol incrível aos 37. Porém, no minuto seguinte, em rápido contra-ataque, Wendel partiu com a bola dominada, invadiu a área e tocou para Valdivia, em condição legal, completar para o fundo da rede: 2 a 0. Depois, ainda houve um apagão. Rogério Ceni deu um tapa na orelha do chileno e recebeu o cartão amarelo. O jogo recomeçou, Martinez foi expulso, Hernanes exigiu grande defesa de Marcos, aos 46, e o Palmeiras, merecidamente, festejou a sonhada classificação para a final.
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