Primeiro finalista do Gauchão, o técnico Abel Braga não tem tempo para comemorar e pensa, a partir desta noite, no Paraná, adversário a ser batido na próxima quarta-feira, pela partida de volta das oitavas-de-final do Copa Brasil.

O técnico colorado acredita que a vaga conquistada por sua equipe neste domingo serviu para levantar a moral ao jogadores e, na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 diante do Caxias, falou sobre a tônica do confronto do meio da semana:

— Quarta a gente vai suar sangue.

Confira alguns trechos da entrevista de Abel Braga:

Adversário da final do Gauchão
"Eu não tenho preferência. Nossa preferência é que o Alex possa jogar na quarta e que não seja nada grave com o Guiñazu. Vamos para mais uma final e vamos ver o que podemos encaminhar na quarta-feira. Os jogos estão sendo muito corridos e o tempo de recuperação é horroroso. A torcida foi fantástica, cara. A gente não fala para não parecer que está puxando o saco. Mas eles acreditaram e fizeram a parte deles. A direção também deu apoio. Com o objetivo alcançado, vamos ver o que podemos fazer para quarta. Eu acredito na minha equipe e vamos colocar uma carga pesada nesse jogo. O jogo de hoje só serviu para levantar moral. Quarta a gente vai suar sangue."

A entrada de Jonas
"Quando a gente pôde ter volante, a equipe voltou a se formatar da maneira que sempre jogou. Com liberdade para o Guiñazu e para o Magrão. Quantas vezes eles chegaram na frente? É só contar. O futebol, se tu não tem o voltante, vai fazer o quê? Segura o Guina, segura o Magrão. Daí não conseguíamos a ligação meio-campo para o ataque."

Preocupação com Guiñazu
"Tivemos o Monteiro, machucado. Edinho, Jonas, Maycon, Sorondo, o melhor zagueiro desse Brasil. Hoje, o Andrezinho e o Ji-Paraná entraram, mas não eram nem para entrar. Daí, perder o Guina e o Alex você desmorona. Fica complicado. Mas eu não entrego. Esse menino do júnior que eu coloquei lá, o Tales, é muito bom. Vamos analisar o que pode ser feito porque nós confiamos. Quarta-feira tem de sufocar e marcar a saída de bola desde o primeiro minuto."

Postura contra o Paraná
"Vou fazer marcação na saída de bola. Hoje, não marquei na intermediária porque eles (o Caxias) não iam arriscar. Eles vieram para cá para jogar no erro e tentaram os contra-ataques. Mas nós não descuidamos. Nós demos 1/4 do campo para eles saírem. Na quarta não pode dar. Tem de subir com toda equipe, com meias, volantes, zagueiros. Eles não vão ter outra atuação daquelas, e nós não vamos ter uma atuação daquelas. Eu sei que o torcedor vai vir apoiar. O Inter vai buscar força onde as pessoas acham que não tem."