| 06/05/2008 20h40min
Nada de pensar na torcida, em dirigentes ou em pesquisas de opinião — que pedem a saída do treinador e amudança na comissão técnica gremista. A prioridade no Olímpico é focar apenas o São Paulo, adversário tricolor do próximo sábado, na estréia do Brasileirão.
Nesta tarde, a equipe de Celso Roth realizou trabalhos de marcação sob pressão em campo reduzido para anular a principal arma da equipe paulista: o bom toque de bola de Hernanes, Richarlyson e Éder Luis.
— Hoje treinamos visando exatamente o São Paulo, mas temos de melhorar essa cultura tática, melhorar ultrapassagens, cruzamentos — coisa que trabalhamos ontem (segunda-feira) — e principalmente melhorar a mecânica do time — disse Roth.
O time que enfrenta a equipe de Muricy Ramalho deve manter
a base do amistoso contra o Avaí. As novidades são o garoto Hélder
na lateral-esquerda e o retorno de Roger ao meio-campo — no lugar de Julio dos Santos. Com isso, Celso Roth escalaria Victor; Paulo Sérgio, Leo, Réver e Hélder; Eduardo Costa, Rafael Carioca, Wiliam Magrão e Roger; Soares e Perea.
— O Julio vem realizando alguns trabalhos, foi dado oportunidade para ele, mas ainda precisa melhorar alguns fundamentos. O Roger, depois de 15, 20 dias fazendo tratamento e uma semana de trabalho físico fez um trabalho técnico. Ele tinha uma seqüência como titular. Quando pôde trabalhar normalmente ele retoma sua condição — revelou o técnico.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Celso Roth:
Pressão da direção
"Todo treinador que trabalha em um time ponta de linha tem de obter resultados. não tem novidade nenhuma, em nenhuma circunstância. A pressão ela esta sempre presente. Vocês (imprensa) estão me vendo diferente? Estão sentindo que eu estou diferente? Mesmo
antes de cair fora das duas competições (Copa do Brasil e
Gauchão), e principalmente depois de cair fora delas, qualquer jogo que nós fizéssemos estaríamos pressionados, sempre precisando do resultado."
Pressão do torcedor
"Em hipótese alguma deve pesar: nem quando estamos em um momento negativo, nem quando estamos em um momento positivo. Por isso que somos profissionais. O torcedor é passional, a gente sempre diz isso. E o torcedor quer seu time jogando bem, ganhando bem, em todas as circunstâncias. E ele vai pressionar se isso não acontecer. Esse é o papel do torcedor, desde que faça isso dentro das condições normais, do campo, sem fazer nenhuma loucura, que às vezes a paixão faz com que os torcedores cometam alguns atos assim"
A dor da derrota
"Não é o torcedor que sofre mais. Ele sofre também, mas quem mais sofre são os profissionais que estão dentro de campo, que não conseguiram o resultado. O torcedor depois que sai do estádio tem seu
trabalho, seus afazeres. O profissional tem de conviver com a
derrota."
Evolução do grupo
"Quando a gente pára e tem um período para trabalhar — esse período que todo treinador se queixa de que está jogando quarta e domingo — uma coisa não há dúvida: a evolução física foi ótima. A evolução tática também está passando por algumas situações. Temos de melhorar essa cultura tática, melhorar ultrapassagens, cruzamentos — coisa que trabalhamos ontem (segunda-feira) — e principalmente melhorar a mecânica do time."
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