| 07/05/2008 20h07min
Contratada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para auxiliar a seleção feminina da modalidade, marcada por incríveis derrotas de virada na semifinal dos Jogos de Atenas-2004 e nas decisões do Mundial e dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, a psicóloga Sâmia Hallage tratou de dar seu recado. Ela avisou que não será salvadora da pátria da equipe nacional.
– Acompanharei a seleção no Grand Prix, e chego para somar à comissão técnica na parte psicológica. O psicólogo do esporte não é mágico para solucionar os problemas. Estudamos o comportamento do atleta e o ambiente à sua volta – comentou Sâmia.
A psicóloga já conhece Paula Pequeno, Jaqueline, Carol Gattaz, Walewska, Thaísa e Sheilla da categoria infanto-juvenil. Sassá, por sua vez, trabalhou com a psicóloga no juvenil.
– Primeiro terei uma reunião com todo o grupo. Depois, individualmente. A partir daí, de acordo com as necessidades de cada uma, e também de todo o time, será desenvolvido um trabalho direcionado para a concentração e para as emoções. Além disso, teremos um gerenciamento do nível de stress – explicou.
Em países como Estados Unidos e Canadá, esta função já está integrada às comissões técnicas das equipes de vôlei. No Brasil, a psicologia do esporte começou a ser exercida em 1958. O pioneiro foi João Carvalhaes, integrante da seleção brasileira de futebol, campeã mundial na Suécia.
– O vôlei é um universo diferente do futebol, do boxe, e dos esportes individuais em geral. Nas seleções de base, este trabalho é fundamental – declarou Sâmia.
Nutricionista também trabalha
Além da psicóloga Sâmia Hallage, a seleção brasileira também ganhará outros reforços para o Grand Prix: sachês de carboidratos para treinos e jogos e um reforço de proteína feito do sôro do leite, o Wheyprotein. A nutricionista Isabela Toledo, que trabalha com as equipes de vôlei desde 1999, explicou o motivo da necessidade dos complementos.
– A seleção vai para o Grand Prix com tudo escrito sobre o que deve fazer parte da alimentação das jogadoras, mas nem sempre todas as cidades estão preparadas para suprir as necessidades. Às vezes, elas perdem massa muscular, e no ano passado, elas sentiram um pouco de dificuldade no início da competição – disse Isabela.
GAZETA PRESS
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Foto:
Alexandre Arruda,CBV
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