| 12/05/2008 19h17min
É difícil que ocorra um terremoto em Pequim durante a Olimpíada, mas a possibilidade não pode ser descartada. A análise foi feita pelo professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do laboratório de geologia isotópica da instituição, Farid Chemale Jr. Ele disse que a região sudoeste do país, alvo de um tremor de 7,8 graus na Escala Richter nesta segunda-feira, tem histórico de abalos sísmicos, causados pela proximidade com o Himalaia.
— A Índia se chocou com a Ásia entre 20 milhões e 30 milhões de anos atrás. Desse choque resultou o Himalaia. Até hoje, continuam movimentos laterais a partir da Índia, o que causa os tremores — explicou.
Ainda que a
possibilidade de terremoto no norte do país — onde fica a capital
chinesa — seja muito reduzida, em 1976 houve um abalo a 200 quilômetros da cidade. O fenômeno deixou 242 mil mortos — o tremor de hoje resultou em quase 9 mil vítimas fatais.
— Não dá para excluir a possibilidade (de terremoto em Pequim). Tanto que, quando os chineses construíram os ginásios para a Olimpíada, previram terremoto até próximo de oito graus na Escala Richter.
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