O mundo do tênis se deparou com uma notícia surpreendente nesta quarta-feira. A belga Justine Henin, número um do mundo desde 2006, anunciou a aposentadoria. Através de uma conferência de imprensa, a tenista deu adeus às quadras a um mês de completar 26 anos de idade.

Em 2008, a belga não vinha mantendo o ritmo e já colecionava quatro derrotas, a última na semana passada, quando caiu nas oitavas-de-final do Torneio de Berlim diante da russa Dinara Safina. Foi durante a competição alemã, inclusive, que a melhor tenista do mundo havia dado os primeiros indícios da aposentadoria, quando, cansada devido à alta pressão, disse que pensava em voltar a estudar e em viajar. Para justificar a decisão, Henin expressou “alívio” por ter tomado a decisão.

– Venci tudo em uma quadra de tênis e prefiro sair por cima que continuar a cair. Refleti muito, e este é o início de uma nova vida – disse ela, admitindo que a derrota para Safina adiantou sua decisão.

Com seu talento, Henin se destacou por ser uma das únicas tenistas capazes de enfrentar a potência das irmãs Williams e cravou seu nome na história como uma das maiores de toda a história. Ela encerra a carreira com um número de títulos de primeiro nível chega a 41, sete de Grand Slam, sendo quatro em Roland Garros, uma premiação de US$ 19.461.375 (cerca de 32 milhões de reais) e um total de 117 semanas no posto mais alto da WTA.

A belga passa a ser a segunda atleta a abandonar a raquete como número um do mundo, já que o sueco Bjorn Borg também o fez em 1981, quando dominava o circuito masculino aos 26 anos. A aposentadoria de Henin vem após uma temporada de 2007 quase perfeita, que englobou dez títulos, incluindo Roland Garros, Aberto dos Estados Unidos e Masters.

Mesmo longe da melhor forma neste ano, ela havia garantido dois títulos, em Sidney e na Antuérpia, resultados que a fizeram permanecer a mais de 1.700 pontos de vantagem para a vice-líder do ranking da WTA, Maria Sharapova.