| 15/05/2008 05h44min
Com catimba, violência e determinação, o Sport repetiu o que já fizera com o Palmeiras. Fez o escore que precisava quando já estava com um jogador a menos e, mesmo assim, o Inter não conseguia jogar. Pesaram muito as lesões que retiraram de campo Titi e Sidnei, os substitutos dos titulares Índio e Marcão. Derley e Pessanha, que até domingo passado eram dois garotos quase desconhecidos dos colorados, tiveram que entrar no jogo. O Inter, na etapa final, não conseguiu jogar. O Sport dominou o meio-campo pois o time de Abel, com um jogador a mais, parecia estar com um a menos. Nilmar ficou abandonado no ataque para enfrentar, sozinho, os defensores pernambucanos. Fernandão quase nunca se aproximou de Nilmar. Jogou recuado e esteve sumido o jogo inteiro. Jonas, escolhido para substituir Magrão, falhou no segundo gol do Sport e ainda foi expulso quando o time precisava reagir. O Inter foi reprovado e se quiser Libertadores, em 2009, terá que buscar vaga no Brasileirão. No primeiro confronto do ano contra uma
equipe da primeira divisão, o Inter afundou.
Bela tentativa
O Ministério do Esporte buscou apoio da CBF antes de encaminhar à Fifa projeto que aumenta a idade mínima para atletas saírem do país, passado o limite de 18 para 21 anos. Consta que Ricardo Teixeira manifestou simpatia pelo plano, mas alertou o ministro de Esportes, Orlando Silva Júnior, para as resistências que virão dos clubes europeus. Se diminuir a oferta de jogadores, é certo que os valores das transferências aumentarão. Lei de mercado, oferta e procura. Não seria bom para os negócios, afinal, grande parte dos clubes da Europa são, apenas, empresas que buscam lucros. Será, tudo indica, uma bela e inútil tentativa do ministro. Infelizmente.
Falta pouco
Para melhorar a qualidade técnica e competitiva do time, o Grêmio precisaria qualificar as laterais - Helder é uma possibilidade - , buscar um volante incontestável, se Eduardo
Costa não ficar, e encontrar um segundo volante equivalente a
Willian Magrão. Talvez possam ser Rafael Carioca ou Makelele. Roger preenche, plenamente, a função de articulador ofensivo, e se Julio dos Santos evoluir, tanto melhor. Seria outra alternativa para a posição mais adiantada do meio-campo. Atacantes o Grêmio tem em bom número e de boa qualidade. Soares e Reinaldo já mostraram virtudes, e Perea não deve ser descartado sob risco de arrependimentos. Resumindo: não falta muito para o Grêmio ter uma equipe capaz de aspirações mais ambiciosas. Ah, mas deixem o Roth trabalhar.
Preferência relativa
Pesquisas recentes mostram que menos de 30% dos brasileiros são aficionados pelo futebol. É um universo gigantesco, cerca de 50 milhões. Mas muito maior é o segmento que apenas se liga neste esporte durante a Copa, gosta de futebol, mas não atrela sentimentos a clubes. Sequer freqüenta estádios. Estes torcedores são maioria entre os brasileiros, passam dos 100 milhões. Mas, para os "antropólogos" do radicalismo,
são todos filhos de chocadeiras.
Aqui no RS amado, por exemplo, decretaram que é proibido gostar de futebol sem vestir azul ou vermelho. E, se alguém se atrever a dizer o contrário, são capazes de questionar a natureza e jurar que, quando nasceram, foram transportados pelo longo bico de uma cegonha. Gaúcho tem que ser gremista ou colorado, não se admite nada diferente. Talvez porque, como escreveu Martha Medeiros, ontem, "essa é a maior bandeira que o inseguro pode dar: se há pessoas que não são como ele, talvez sejam melhores do que ele, então só lhe resta atacá-las, agredi-las, destruí-las". Este seria o mandamento único do fanático.
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