| 20/05/2008 17h32min
O Ministério Público (MP) estadual do Rio de Janeiro denunciou por extorsão — artigo 158 do Código Penal — o travesti André Albertoni, conhecido como Andréia, que se envolveu numa confusão com atacante Ronaldo, do Milan, no fim do mês de abril.
Na denúncia, o promotor Alexandre Murilo Graça diz que "André Luiz Ribeiro Albertoni, vulgo Andréia, mediante grave ameaça, constrangeu Ronaldo Luís Nazário de Lima, com o intuito de obter indevida vantagem financeira".
Segundo o promotor, Andréia entrou no carro de Ronaldo por volta das 5h da madrugada do dia 28 (segunda-feira), na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, lugar que é ponto de prostituição.
No trajeto até o hotel, Ronaldo pediu a Andréia que chamasse mais duas amigas — os travestis Júnior Ribeiro da Silva, a Carla, e Vinicius de Souza da Silva, a Veida. Somente no Motel Papillon, que fica também na Praça do Ó, Ronaldo teria percebido, segundo a denúncia do promotor, que os três eram travestis.
O promotor Graça considera que
Ronaldo ingeriu bebida alcoólica numa boate em comemoração à vitória do Flamengo sobre o Botafogo na decisão do Campeonato Carioca.
"Manchar reputação"
A denúncia diz: "Após três horas no interior do quarto, a vítima percebeu que não estava com mulheres, mas, sim, travestis, o que a fez desistir do programa. Ato contínuo, Ronaldo negociou com os travestis a quantia a ser paga, sendo certo que 'Carla' e 'Veida' aceitaram o valor oferecido, qual seja, R$1,3 mil".
Para o promotor, Andréia, ao ver que seu "cliente era famoso jogador de futebol, conhecido como Ronaldo Fenômeno, aproveitou-se da situação e exigiu a quantia de R$ 50 mil, ameaçando-o de, caso não efetuasse o pagamento, procurar jornais e revistas, o que mancharia sua reputação e o prejudicaria em seus contratos de marketing".
A denúncia pede que Andréia seja indiciado por extorsão, crime que tem pena considerada pesada — prisão de quatro
anos até 10 anos.
O promotor requer ainda que os quatro
— Ronaldo e os três travestis —, funcionários do motel e os PMs sejam ouvidos.
As informações são do site G1.
A denúncia pede que Andréia seja indiciado por extorsão, crime que tem pena de quatro anos até 10 anos de prisão
Foto:
Ricardo Moraes, AP
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