Às vésperas das Olimpíadas de Pequim, a ginasta Daniele Hypólito decidiu que não irá mais treinar com o restante da seleção brasileira feminina de ginástica artística em Curitiba. Alegando não estar “bem emocionalmente”, ela continuará sua preparação no Rio de Janeiro, ao lado do irmão Diego Hypólito.

Ao lado da família, Daniele volta a treinar em seu clube, o Flamengo, agora sob supervisão do técnico Ricardo Pereira. Para estar em Pequim, que seria a terceira Olimpíada de sua carreira, Danielle precisará convencer a comissão técnica da seleção brasileira de ginástica que merece ser uma das seis convocadas, sendo que nove ginastas disputam vaga. Este ano, a atleta voltou a sentir dores no ombro direito, local que operou em 2006.

A fase de Daniele não é das melhores. Ela, por exemplo, não conquista um bom resultado no cenário internacional desde a etapa de Stuttgart da Copa do Mundo do ano passado, quando foi quinta colocada na trave e no solo. Na seqüência, disputou o Mundial, quando obteve resultados pífios no individual.

Nos Jogos Pan-Americanos, Dani foi bronze na disputa da trave e prata por equipes. Sua última medalha em uma etapa de Copa do Mundo se deu em 2006, na Super Final da competição, realizada em São Paulo. Na ocasião, ela foi prata na trave e quarta colocada no solo, vencido por Daiane dos Santos. O melhor resultado da carreira de Hypólito foi o segundo lugar na disputa do solo no Mundial de 2001, em Ghent.

Esta não é a primeira vez que a atleta deixa de treinar ao lado da seleção brasileira. Em 2005, ela não gostou de o técnico Oleg Ostapenko ter dito publicamente que ela estava acima do peso e de ser substituída por Daiane dos Santos nas provas de barras paralelas e salto sobre cavalo na etapa paulista da Copa do Mundo. A atitude dela foi encarada como rebeldia pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que só a aceitou de volta depois de um pedido público de desculpas. Desta vez, porém, ela garante que tudo foi feito de forma amigável.

GAZETA PRESS