| 30/12/2002 08h19min
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou nesse domingo, dia 29, que vai vencer a guerra que lidera contra a oposição pelo controle da indústria petroleira, enquanto centenas de pessoas tomavam as ruas pedindo sua renúncia. No 28º dia da greve nacional que paralisou os petroleiros do quinto exportador mundial e reduziu a produção e o refinamento a níveis baixíssimos, Chávez disse que aos poucos vai vencendo as batalhas para reativar a estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA) sem se entregar ao pedido dos inimigos para que abandone o poder.
– Os que nos estão combatendo não têm moral, não têm razão, estão perdidos e nós temos assegurado o caminho para a grande vitória da Venezuela – disse o líder venezuelano.
Ao mesmo tempo em que Chávez fazia essas declarações, os que se opõem ao seu governo, e dizem que não vão abandonar a greve até que o presidente renuncie ou convoque eleições antecipadas, tomaram as ruas de Caracas em uma marcha. Os manifestantes carregavam bandeiras do país e faixas pedindo a saída do presidente. Outra passeata foi realizada na cidade de Valência, no Estado de Carabobo.
Desde o início da greve no dia 2 de dezembro, a PdVSA tem despachado uma média de 253 mil barris por dia de petróleo, 9,4% do que exportou ao dia em novembro. Para amenizar a grave e inédita escassez, Chávez ordenou a importação do combustível. No sábado, recebeu com festa um carregamento do Brasil com 520 mil barris.
As informações são da agência Reuters.
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