| 23/05/2008 08h34min
Os 12 chefes de Estado presentes à Reunião Extraordinária de Cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), nesta sexta-feira, em Brasília, vão aproveitar o encontro para negociar a formatação final do Conselho Sul-Americano de Defesa.
O Conselho nasceu de uma proposta brasileira, feita em março, durante uma das mais sérias crises diplomáticas no continente, envolvendo a Colômbia e o Equador. A idéia foi apresentada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a todos os governos sul-americanos ao longo de uma maratona aérea diplomática que durou dois meses e meio e terminou na semana passada em La Paz, na Bolívia.
O perfil básico do órgão está definido.
— O Conselho Sul-Americano de Defesa não terá nenhum poder de intervenção militar, não terá nenhuma característica de aliança militar e será, em essência, um órgão de articulação de políticas de defesa entre os países sul-americanos— disse o ministro Jobim.
Também está
praticamente definido que o Conselho será formado por dois
representantes de cada país, um membro do sistema de Defesa e outro das Relações Exteriores. O Brasil propôs, também, que não haja uma sede fixa, para evitar a construção de prédios e a constituição de uma burocracia incontrolável. Cada país é sede por um prazo a definir, em sistema de rodízio na presidência do Conselho.
O Conselho funcionaria como uma espécie de “primeiro recurso” para dirimir problemas de defesa na América do Sul, evitando assim o recurso imediato à Organização dos Estados Americanos (OEA), onde as intermediações passam inevitavelmente pelo acordo com os Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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