| 02/01/2003 09h15min
Ficou para depois da posse o anúncio dos nomes que irão ocupar as presidências do Banco do Brasil (BB), da Caixa Econômica Federal (CEF) e quem ocupará a secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae). O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse nessa quarta, dia 1º, ao anunciar o restante dos nomes do primeiro escalão de sua equipe, que as escolhas da área econômica "não podem passar por nenhum tipo de negociação política". Palocci confirmou que o presidente do BB será anunciado até o dia 8 de janeiro.
Segundo Palocci, "ninguém está excluído nem muito menos desqualificado para o cargo". Questionado sobre a exigência de diploma de curso superior para a presidência da CEF.
– O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) sabe disso e vai escolher de acordo com o que tem hoje – afirmou Palocci.
A pergunta foi feita em referência ao presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Vaccari Neto, que não tem curso superior, cotado para a presidência da CEF. As nomeações nos bancos públicos são consideradas supersensíveis porque qualquer definição nessas três instituições tem repercussão imediata no mercado financeiro.
– O presidente não vai politizar as estatais. Onde puder, colocará funcionários de carreira – afirmou o presidente do PT, José Genoino.
Já teria sido descartada a indicação do deputado Paulo Bernardo (PT-PR) para a presidência do BB. Bernardo é considerado peça-chave do novo governo no Congresso, especialmente em função de sua habilidade com o Orçamento. A outra razão diz respeito ao equilíbrio regional. O deputado paranaense eleito Jorge Samek (PT) teria sido indicado para presidir a Itaipu Binacional, o que significa que o Paraná estaria ocupando dois postos importantes no governo.
O futuro ministro da Casa Civil, José Dirceu, teria, inclusive, comunicado a Paulo Bernardo a decisão. O perfil do novo presidente, traçado por José Dirceu, indica que será "extremamente técnico e competente e de carreira do banco". Ainda estão cotados para o cargo o Antonio Nogueirol, ex-diretor da Previ e atual diretor da Telemar, e Jorge Matoso, assessor da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
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