| 30/05/2008 06h11min
Concordo com o meu amigo Guerrinha: jogador bom não se discute. Jogadores ruins é que devem ser questionados. Esta é a tese, o princípio. Entretanto, não existem dogmas e, eventualmente, jogador de bom conceito também pode e deve ser discutido. Principalmente quando este bom jogador atravessa longos períodos jogando mal.
Nem o jogador ruim prejudica a sua equipe tanto quanto o virtuoso que perde ou esquece onde deixou as suas virtudes. Porque do jogador ruim nada se espera enquanto que do bom jogador é que depende o time. Só ele pode causar frustração. O ruim não decepciona, apenas confirma a sua ruindade. Porém, quando o jogador qualificado se nivela ao desqualificado, o time adoece, piora e afunda.
Uma equipe é boa quando os seus bons jogadores rendem o que podem. A diferença entre os dois tipos de jogadores é que o treinador substitui o ruim tentando melhorar o time, mas mantém o bom, mesmo estando ruim, na esperança de que ele melhore. E quando esta recuperação
demora, a vaca vai para o
brejo com corda e tudo.
Um jogador é bom e útil quando a sua média é boa. Se, porém, ele tem bom rendimento em um jogo e passa por vários outros jogando pouco, a sua média cai e ele mais prejudica do que contribui. Bom jogador não se discute, mas quando atravessa longas fases jogando mal, deve ser substituído, simplesmente. Tese por tese, fico com esta.
Sem invenções
Celso Roth dispõe de várias alternativas para substituir Helder e Perea. Já discorreu sobre todas, incluída a que inverte o lado para Paulo Sérgio e inclui Felipe Mattioni na lateral-direita. Esta é a única decisão que Roth não deve tomar. A lembrança da eliminação imposta pelo Juventude, quando escalou Paulo Sérgio na lateral-esquerda, poderia derrubar o treinador em caso de tropeço, amanhã, diante do Vasco, repetindo o equívoco daquele jogo.
Roth não precisa e tudo indica que não está disposto a inventar. Se não pode contar com Helder, existem
Anderson Pico e Bruno Teles para a lateral-esquerda. É
só escolher. Felizmente, o treinador não cogitou escalar Roger como segundo atacante. Esta alternativa também já foi testada com péssimo resultado. E nem há a necessidade de improvisar no ataque. Reinaldo, Marcel e Jonas, qualquer um deles poderá substituir Perea. Eu apostaria em Reinaldo, que vinha sendo o centroavante predileto de Roth, até se lesionar. Com Soares e Reinaldo, o Grêmio continua sem um centroavante de referência, mas, em compensação, fica com dois atacantes velozes, virtude essencial para se jogar futebol modernamente.
Proezas
Não é nenhuma projeção descabida: o Corinthians volta para a Série A e junto leva o título de campeão da Copa do Brasil e vaga para a próxima Libertadores da América. Está encaminhado. O Corinthians é favorito, quem não sabe, para deixar o vice-campeonato com o Sport Recife. É muito bom este Mano Menezes!
Estrela
Renato Portaluppi é, sem dúvida, um
profissional de estrela. O seu Fluminense levou um vareio do
Boca Juniors, mas, ainda assim, empatou o jogo fazendo dois gols que poderão ser decisivos. A vaga de finalista já estaria quase nas Laranjeiras se o adversário não fosse o Boca. O time argentino é masoquista: gosta de sofrer fora de casa. Não acusa diferença alguma. E quase sempre ganha.
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