| 30/05/2008 06h53min
Depois dos transtornos causados durante toda a quinta-feira, em função do fechamento para pousos, o Aeroporto Internacional Salgado Filho opera normalmente na manhã desta sexta-feira. Segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), desde às 19h5min de ontem o aeroporto está operando visualmente.
Das 11 partidas previstas até as 11h, 10 estavam com atrasos de mais de 30 minutos e um foi cancelado. É o vôo 7467 da Gol que deveria partir às 7h30min para Rosário, na Argentina. Das 22 chegadas previstas, uma foi cancelada e outras nove tiveram atrasos.
Por força da inoperância de um equipamento vital para os pousos, aliada à uma neblina persistente, nenhum avião comercial pousou ou decolou na capital gaúcha entre as 10h8min e as 19h5min de quinta-feira. Milhares se acotovelaram nos saguões, na inútil espera de informações por vôos que não saíram e nunca chegaram.
O catalisador do apagão foi o aparelho que ajuda os
aviões na aproximação do aeroporto, o
Glide Slope. Como o equipamento está em conserto, aviões não puderam pousar e, num efeito-dominó, não havia aeronaves disponíveis para decolar.
Até as 22h de ontem, 35 aviões deixaram de decolar e 27 não pousaram. Com base na capacidade das aeronaves, a estimativa é de que cerca de 8 mil pessoas tenham sido prejudicadas na sua tentativa de sair da cidade ou chegar a ela. Pelo menos um terço dos vôos foi cancelado, já que a previsão era de 78 partidas e 78 chegadas.
Transtornos podem continuar
As principais companhias aéreas não prevêem vôos extras no Salgado Filho para transportar os passageiros que ficaram no chão ontem e ainda atender os usuários com bilhetes comprados para hoje. Conforme especialista em aviação, uma seqüência de atrasos e cancelamentos como a registrada em Porto Alegre pode demorar mais de um dia para voltar à normalidade.
O que
aconteceu
No início de maio, a Infraero começou a instalar um modelo mais avançado da
antena Glide Slope, que transmite aos aviões a correta direção da pista. O equipamento antigo teve de ser desativado. Assim, as aterrissagens ficaram restritas em Porto Alegre. Neste período, os pilotos não contam com o aparelho, que permite o pouso com teto de vôo de até 60 metros. Com a obra, o limite passou para 150 metros. A neblina que cobriu a cidade na quarta-feira e ontem ocasionou a interrupção das operações. Os transtornos seguem até 15 de junho.
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