| 30/05/2008 14h17min
Terceiro colocado no Brasileirão, Celso Roth não gostou das declarações de alguns técnicos (inclusive o do Inter, Abel Braga) de que alguns times, como o Grêmio, teriam vantagem no início do campeonato por ter passado um mês sem jogar, apenas treinando. Na entrevista coletiva desta sexta, Roth desabafou, dizendo que as a ausência de jogos foi um período difícil para ele. E sobrou uma ironia para os repórteres:
— Pelo tempo que nós passamos aqui, do jeito que foi, com a companhia agradável de vocês (da imprensa), eu preferia ter jogado domingo e quarta. Isso é muito relativo, o Grêmio não escolheu isso. Eu não queria ficar aqui sem jogar, ouvindo várias opiniões, e muito poucas delas, ou nenhuma, a respeito do time do Grêmio, da
qualidade do trabalho. Foi feito o contrário, o que é normal. Quando
um time grande como o Grêmio desequilibra e cai fora de duas competições, o que se espera? Exatamente isso. Eu preferia jogar domingo e quarta do que passar por isso. Foi muito difícil, foi doído, foi complicadíssimo, e a gente conseguiu administrar principalmente o psicológico dos jogadores, para eles estarem firmes, determinados e acreditarem.
Confira outras declarações do técnico do Grêmio:
Sobre o retorno de Marcel
— O Marcel é da função que vinha sendo cumprida pelo Tadeu, e que no ano passado o Grêmio tinha dois: o Tuta e o próprio Marcel. Então ele vem para preencher uma lacuna de tipo físico, e também de movimentação e qualidade técnica. A gente trabalhou hoje finalização com o Marcel e com
o Reinaldo, que é um jogador parecido, tem uma finalização muito boa e estão na
mesma avaliação os três: Marcel, Reinaldo e Perea. Eles são mais ou menos parecidos, a diferença é o tipo físico, mas os três são jogadores de área, que marcam zagueiro, se dedicam taticamente e tal. Temos mais esta alternativa.
Os desfalques de Helder e Perea
— Representa algumas dificuldades que começam a aparecer no Campeonato Brasileiro. Isso vai se tornar normal, mas agora nós gostaríamos que se estendesse um pouquinho mais essa seqüência para o time poder jogar e se conhecer mais. Foi muito precoce. A saída do Perea foi planejada, não havia o que fazer, agora o do Helder não. Ele poderia ter uns quatro ou cinco jogos até ter esse problema do cartão, isso nos deixa preocupado, mas também é bom que cumpra agora e volte, é a lei da compensação.
A eliminação do Vasco na Copa do Brasil
— Depois de uma eliminação como foi, após se criar uma expectativa, certamente tem uma
queda. Psicologicamente, o grupo sofre. Mas até a hora do jogo, os
jogadores já estarão recuperados. Vou te dar como resposta aquela máxima: depois de uma derrota, a melhor coisa é jogar. O Vasco está tendo essa oportunidade, vai jogar em casa, a torcida vai cobrar e tudo, mas jogar sempre é o mais importante. O próximo jogo afasta aquela derrota, a gente tem que se preparar obrigatoriamente para a próxima.
A boa campanha do time
— A amostragem ainda é pequena. O Grêmio tinha que iniciar bem o campeonato por obrigação, por débito com o torcedor, e é isso que nós estamos fazendo. Conseqüentemente, temos a obrigação em todo jogo. Quanto à desconfiança, é aquilo: Se você adquire a confiança e, no próximo jogo, perde, você já perde essa confiança. Isso é uma cultura do futebol, é assim.
Como enfrentar o Vasco em São Januário
— Temos que respeitar o Vasco, marcar o Vasco e, quando sair, sair para definir o jogo. São Januário é um campo muito
bom para se jogar. É grande, espaçoso, dá para jogar. É como o Olímpico,
que é um campo neutro. As equipes que vêm aqui e estão ajustadas taticamente têm as mesmas chances que nós de saírem com resultado positivo. O vasco acelera muito o jogo em São Januário, fica um time muito elétrico, muito rápido. Temos que ter cuidado com isso.
O pedido de aposentadoria frustrado de Edmundo
— O Vasco da era Romário é assim, tem essa característica. Tem jogador que chega na hora do jogo, como era o caso do Romário, outro diz que vai parar e continua depois de conversar com o Eurico, então não é a primeira vez que isso acontece. Mesmo que ele jogue, ou não, isso não vai ter influência sobre o grupo do Vasco, que já vem com essas histórias.
Anderson Pico ou Bruno Teles, quem é mais parecido com o titular Helder?
— O Helder, quando veio para a equipe principal, veio muito mais por ter me chamado a atenção como lateral. Tanto que a gente iniciou o trabalho
fazendo um 4-3-1-2, com o Helder na lateral. Depois disso, nos obrigamos a
fazer o 3-5-2, pelas lesões, e ele apareceu, aproveitou a oportunidade e cresceu muito. O Pico é muito mais parecido com ele. O Bruno é mais lateral, até pelo biotipo, um jogador alto e não tão rápido. Esta é a diferença. O Helder faz qualquer uma, o Pico é ala e poderá ser lateral, e o Bruno é lateral e poderá ser ala.
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