| 30/05/2008 14h54min
As autoridades de Pequim acreditam ter elaborado um complexo sistema de prevenção e resposta rápida a possíveis epidemias sanitárias durante os Jogos Olímpicos, que acontecerão em agosto, incluindo as causadas por ataques terroristas com armas químicas ou biológicas.
– Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o terrorismo biológico está no olho do furacão. Pequim, como cidade olímpica, deve se preparar contra isso e absorver experiências dos Jogos anteriores – afirmou Jin Dapeng, chefe do grupo de apoio médico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.
Segundo Jin, a “imediata, solidária e efetiva” resposta de Pequim ao terremoto do dia 12 de maio em Sichuan, que já matou mais de 68 mil pessoas, é a melhor prova de que a cidade está preparada para responder a qualquer emergência sanitária que possa ocorrer durante o evento olímpico.
– Analisamos doenças contagiosas transmitidas por via respiratória e outras, como o sarampo, levando em conta que, durante os Jogos, muitos estrangeiros virão para cá trazendo doenças que não costumam haver aqui, como o ebola – disse Zhao Tao, diretor da divisão de controle e prevenção de doenças do Birô de Saúde de Pequim.
Jin prometeu “transparência absoluta” em caso de epidemia, e citou a cobertura do terremoto como exemplo disso, apesar de a China ter protagonizado episódios trágicos nos últimos anos, como o atraso de informação sobre a epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa). Em todo caso, a cidade diz estar preparada.
– A Organização Mundial da Saúde (OMS) está impressionada com os grandes esforços realizados pela cidade para preparar a saúde pública – disse o representante da entidade na China, Han Zhuosheng.
EFE
Funcionária do governo desinfeta as ruas das cidades atingidas pelo terremoto
Foto:
Chen Chunyuan, Xinhua
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