| 10/01/2003 10h36min
A Coréia do Norte abandonou nessa quinta, dia 9, um tratado global de não-proliferação nuclear, justamente no momento em que dois diplomatas do país se encontravam com um representante norte-americano, na tentativa de superar o impasse em torno do programa de armas atômicas do norte-coreano. O regime comunista disse, porém, que apesar de deixar o tratado não quer fabricar bombas atômicas, e voltou a propor uma conciliação com os Estados Unidos, a quem acusou de tentar derrubar seu sistema político. O governo também criticou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujos inspetores foram expulsos da Coréia do Norte.
A decisão provocou alarme em todo o mundo. O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, exigiu uma retratação imediata e prometeu abordar a questão durante sua atual visita à Rússia. A China, o mais próximo aliado da Coréia do Norte, expressou preocupação e disse que tentará promover uma solução pacífica para a crise. O governo russo, ao lado da China um dos últimos amigos de Pyongyang, também se mostrou temeroso. Já a Austrália prometeu enviar um representante para buscar um acordo, e a França sugeriu a intervenção do Conselho de Segurança da ONU.
A Coréia do Sul convocou para esta sexta, dia 10, uma reunião do seu Conselho de Segurança Nacional. No Novo México (sul dos EUA), o governador Bill Richardson, ex-embaixador de seu país na ONU, se reuniu na noite de quinta-feira durante duas horas com os representantes norte-coreanos em Nova York. Uma nova conversa está marcada para a manhã de sexta-feira. A movimentação diplomática em torno da Coréia do Norte inclui ainda um encontro entre Koizumi e o presidente russo, Vladimir Putin, e uma viagem do chanceler francês, Domunique de Villepin, e do secretário-assistente de Estado dos EUA James Kelly à Coréia do Sul. As informações são da agência Reuters.
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