| 03/06/2008 12h24min
Às 11h20min o Aeroporto Internacional Salgado Filho voltou a abrir para pousos. A pista estava fechada para essa operação desde as 9h50min, devido ao mau tempo. Da 0h até as 10h50min, mais de 38% dos vôos apresentaram atrasos superiores a 45 minutos e mais de 6%, cancelamentos.
A pista já havia ficado fechada por cerca de quatro horas durante a manhã, reabrindo às 7h24min e operando por instrumentos.
Em meio ao abre-e-fecha do aeroporto, o saguão lotava de pessoas que aguardavam definições sobre os vôos. Além de exigir a paciência dos passageiros, os atrasos iam cancelando compromissos com o do estudante Danillo Magalhães. Ao meio-dia, o jovem de 18 anos aguardava a saída do vôo para o Rio de Janeiro, onde faria conexão para Goiás, seu destino final. Sem perspectiva de embarcar e prevendo o atraso, Magalhães mandava mensagem para o curso de teatro avisando sobre a sua possível ausência.
A aeronave que levaria o estudante vinha de São Paulo, mas
havia atrasado por não poder pousar em
Porto Alegre.
Outro que enfrentou problemas foi o advogado Luciano Hocsman. O compromisso às 14h em São Paulo teve de ser cancelado e transferido para a próxima terça-feira.
— Agora vou ter que aguardar uma semana para resolver meu problema
Confira a situação do seu vôo
Ontem, por quase oito horas, as operações foram suspensas em razão da neblina e da troca de equipamentos do sistema de pouso por instrumentos, que restringe as aterrissagens. Centenas de passageiros perderam seus compromissos por causa de vôos suspensos, que isolaram a Capital do resto do país.
Para a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), carroceiros e ladrões também ajudaram a interromper os vôos. A estatal afirma que as constantes invasões de papeleiros e de criminosos aparecem entre as
causas do adiamento nas obras, que deveriam ter sido iniciadas em março. A instalação
precisou ser transferida para maio e junho, meses com forte incidência de neblina, como a que impediu os pousos e as decolagens até o fim da manhã de ontem.
O superintendente da Infraero na Capital, Marco Aurélio Franceschi, diz que alguns moradores das vilas Dique e Nazareth, que ficam próximas à cabeceira da pista, cortam a tela de proteção e entram para alimentar os cavalos, o que cria o risco de animais entrarem na pista. Só que Franceschi diz que não é só grama que costuma sumir:
— Tivemos furtos de aparelhos e de vandalismo, o que acarretou atraso.
Para atacar a depredação, o superintendente requisitou reforço no policiamento das vilas, em reunião com o secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. O subcomandante da BM, coronel Paulo Roberto Mendes, promete intensificar as ações no local.
Saiba mais
- A redução das invasões só deve ocorrer quando as 1,5
mil famílias da Vila Dique e da Vila Nazareth forem reassentadas em
loteamento na Zona Norte, previsto para 2009
- A perspectiva de diminuição dos transtornos com a troca de equipamentos no aeroporto é mais otimista. A partir da metade deste mês, devem acabar as atuais restrições para os pousos por instrumentos. O teto de vôo (camada de nuvens) não pode estar abaixo de 150 metros para aterrissagens. Com a antena funcionando, esse limite cai para 60 metros
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