| 05/06/2008 23h54min
Pelo terceiro ano consecutivo, Rafael Nadal e Novak Djokovic se enfrentarão em Roland Garros. O duelo desta sexta-feira, marcado para começar às 8h (de Brasília), porém, será o mais importante deles. Em jogo, a vice-liderança do ranking mundial e o sonho de repetir um feito histórico para o espanhol. As informações são do site GloboEsporte.com.
Número 3 do mundo desde julho do ano passado, Djokovic se aproximou perigosamente do espanhol este ano, principalmente por causa dos títulos conquistados no Australian Open e no Masters de Roma. Se triunfar nesta sexta, assumirá de vez a vice-liderança do ranking.
– Ele (Nadal) vem jogando melhor. Melhorou muito o saque este ano, principalmente no saibro, e está atacando mais. Ele combina isso com enorme força física e paciência, o que é impressionante neste tipo de superfície – admite Djokovic, ciente do tamanho do desafio que terá pela frente.
O sérvio provou do veneno do espanhol nos dois últimos anos em Roland Garros. Em 2006, nas quartas-de-final, Djokovic abandonou alegando dores nas costas quando perdia por duplo 6/4. Ano passado, nas semifinais, nova vitória do espanhol em sets diretos: 7/5, 6/4 e 6/2. O mais recente encontro entre Nadal e Djokovic foi nas semifinais do Masters de Hamburgo. Com a vice-liderança do ranking em jogo, Nadal venceu em três sets: 7/5, 2/6 e 6/2.
– Espero que seja como na última vez, principalmente se eu vencer. Sei que será uma partida dura. Ele (Djokovic) vem muito bem este ano. Tudo pode acontecer. Preciso jogar 100% – observa Nadal.
Em Roland Garros, pesa também a ficha impecável do espanhol. Desde que estreou no torneio, em 2005, Nadal jamais perdeu. Já são 26 vitórias e três títulos consecutivos. Este ano, o número 2 do mundo faz um campanha ainda mais impressionante. Perdeu apenas 25 games nos cinco jogos que disputou, um recorde do torneio na Era Aberta (a partir de 1968). Além disso, seu triunfo por triplo 6/1 sobre o compatriota Nicolás Almagro também estabeleceu uma nova marca como a maior margem de vitória na história do torneio em um jogo de quartas-de-final.
Na mira de Nadal também está um feito histórico: conquistar quatro títulos consecutivos, façanha conseguida apenas pelo sueco Bjorn Borg (1978 a 1981) desde 1925 - antes disso, o torneio era restrito a franceses.
Federer x Monfils
A segunda semifinal do dia coloca frente a frente o número 1 do mundo, Roger Federer, e o queridinho local, o francês Gael Monfils. O favoritismo é todo do suíço, que nos últimos três anos só foi derrotado por Rafael Nadal, invicto em Roland Garros. Além disso, no histórico em confrontos diretos, Federer venceu todos os três jogos que fez contra Monfils.
Contra Federer pesa o fato de ele ter de jogar pela primeira vez este ano sem o apoio da torcida francesa. O público local geralmente se sensibiliza com o talento do suíço, e o fato de este buscar, em Roland Garros, o único título de Grand Slam que falta em sua estante.
Para Monfils, número 59 do mundo, o confronto terá dimensões diferentes. Ele faz sua primeira aparição em uma semifinal de Grand Slam, e se torna o primeiro francês a lutar por um lugar na decisão desde 2001, quando Grosjean ficou entre os quatro melhores. Ele também tenta quebrar um jejum de 20 anos, já que o último finalista fancês em Paris foi Henri Leconte, em 1988.
– Será provavelmente a partida mais importante da minha carreira até agora. Treino há anos por um momento como esse, por isso não quero falhar – ressalta Monfils.
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