| 06/06/2008 19h43min
O técnico Renato Gaúcho já tem o nome eternizado na história do Fluminense e no coração da torcida tricolor carioca por tudo o que fez dentro e fora das quatro linhas. Mas, se a idolatria e a identificação do treinador com o clube das Laranjeiras são grandes, com o Grêmio, adversário de domingo, são ainda maiores. Gremista assumido, o treinador não se contém quando o assunto é o time de coração. Nesta sexta, no Rio de Janeiro, o treinador voltou aos tempos de torcedor e, como bom gremista, não perdeu a chance de provocar o Inter. As informações são do site GloboEsporte.com.
– Toda vez que for a Porto Alegre, vou treinar meu time no Olímpico. A não ser que o Grêmio não deixe. Mas no Beira-Rio eu não treino. Com todo respeito ao Inter, jamais serei técnico deles. Sou gremista. Domingo, é claro, vou fazer de tudo para vencer o Grêmio, pois sou profissional, mas não há chance de comemorar os gols – diz.
Para o zagueiro Roger, que voltará ao estádio onde jogou 510 partidas em 13 anos, como lateral-esquerdo, o retorno às origens também emociona. Também ídolo dos dois clubes, o jogador, que se orgulha das raízes gaúchas, conta que já entrou em contato até com a Tia Beth, dona do quiosque que fica na entrada do estádio.
– Já falei com os amigos todos, pois a emoção sempre é grande. Foram muitas alegrias dentro do Grêmio, que estará sempre no meu coração – diz.
Em relação a uma eventual comemoração de gol, Roger pensa diferente do treinador, mas diz que os torcedores vão entender.
– Sei que os torcedores do Fluminense e os do Grêmio vão entender meu comportamento, já que sou um jogador de muita entrega e doação. Não vejo problema em comemorar gols, pois é uma manifestação saudável num momento especial. Mas neste caso específico, como é o Grêmio, a comemoração será mais comedida – avisa.
Roger também foi pego de surpresa quando perguntado se teria coragem de vestir a camisa do Inter.
– Nossa! Que pergunta! Não sei. É muito difícil. Não é desmerecimento ao Inter, mas a rivalidade lá é muito grande, e a minha ligação com o Grêmio é muito forte – completa.
No fim da entrevista, sem o menor constrangimento, Roger revelou que Renato é seu grande ídolo.
– Sem dúvida que o Renato é o meu ídolo. É impossível falar de Grêmio sem falar de Renato, ou falar de Renato sem falar de Grêmio. É maior ídolo do clube, um exemplo de jogador vitorioso, herói da decisão do Mundial. Aliás, aquele título está no letreiro do estádio. Portanto, é inevitável separar uma coisa da outra – diz.
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