| 15/01/2003 17h13min
A confiança dos investidores nas políticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu segurar o mercado de câmbio, e o dólar comercial voltou a operar em alta nesta quarta, dia 15. A moeda norte-americana fechou negociada a R$ 3,325 para compra e a R$ 3,327 para venda, alta de 2,05%. Na máxima do dia, chegou a ser vendida a R$ 3,332.
O principal motivo da pressão foi uma entrevista do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, na qual ele praticamente descarta a aprovação da reforma da Previdência nos moldes como ela está sendo proposta. Mello disse que as propostas de Lula para a reforma da Previdência "dificilmente prosperarão num estado democrático de direito, principalmente se tentarem derrubar o instituto do direito adquirido" e que isso só seria possível através de uma revolução.
Além disso, as perspectivas internacionais, com a possibilidade de uma guerra entre Estados Unidos e Iraque, continuam a limitar o fôlego da recuperação.
A correção das cotações, no entanto, não surpreendeu o mercado e era mais que esperada, uma vez que o dólar já acumulava uma queda de 8% no mês. A oscilação desta quarta também reflete uma pressão pontual sobre o dólar, já que amanhã vence uma dívida de US$ 1,78 bilhão em títulos e contratos cambiais do governo .
Apesar da alta, especialistas acreditam que a tendência da moeda ainda seja de baixa e que o mercado apenas usou o discurso do ministro como justificativa para realizar lucros.
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