| 07/06/2008 05h35min
O painel com a foto do time campeão do mundo que decora a entrada da loja oficial do Inter já se tornou uma peça de museu. Da equipe que começou a partida em Yokohama, restam apenas seis. Com a saída de Iarley quinta-feira, dos 23 levados para o Japão sobraram sete.
Como Edinho foi indicado ao Al-Jazira por Abel Braga e Alex, dono de passaporte italiano, deve sair em julho, o grupo minguará mais.
— Está chegando ao fim uma era vitoriosa no Inter. Aquele grande grupo da Libertadores e do Mundial está sendo enxugado. Daqui a pouco não haverá mais ninguém daquela época por aqui — observou Alex.
Confira as declarações de Fernandão no fim do vídeo:
Mesmo sentido pela despedida com lágrimas de Iarley, que baixou o
astral no vestiário, o meia compreende a reformulação no grupo:
— No Brasil, se
você não fica muito tempo em um clube, te chamam de mercenário. Mas, se você quer ficar, nem sempre permitem. O Inter conhece o perfil de um grupo vencedor e seguirá contratando jogadores com experiência e títulos.
O lamento de Alex teve coro em Fernandão, Clemer, Wellington Monteiro e ecoou entre os demais. Embora a direção negue, o objetivo da liberação dos campeões vai além da necessidade de renovação. É estimulada por redução no custo da folha salarial — hoje em R$ 3,5 milhões mensais, somados salários e direitos de imagem dos jogadores.
O problema é que, assim como em 2007, o Inter promove a reformulação no time na largada do Brasileirão. Outra vez, as mudanças foram precipitadas pela saída de Abel Braga. No ano passado, a estratégia deu errado. Por algumas rodadas, o perigo do rebaixamento rondou o clube. Desta vez, é o projeto da Libertadores no centenário que corre risco.
— Mesmo que esteja ocorrendo um processo de renovação,
acredito que haja espaço para todos. O
Iarley, por exemplo, não estava pegando espaço de ninguém — disse Fernandão.
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