| 09/06/2008 11h48min
A Coréia do Norte afirmou nesta segunda que reforçará seu arsenal nuclear e outras forças "de dissuasão de guerra" se Estados Unidos e Coréia do Sul mantiverem as ameaças militares contra o país. Em comunicado divulgado pela missão militar da Coréia do Norte estabelecida na zona desmilitarizada de Panmunjom, na fronteira com o sul, Pyongyang diz que as últimas ameaças de Seul e Washington contra seu país poderiam prejudicar as negociações entre seis partes para a desnuclearização norte-coreana.
O comunicado cita o acordo assinado em abril entre o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, e o americano, George W. Bush, segundo o qual não será reduzido o número de tropas americanas posicionadas na Coréia do Sul como parte do poder de dissuasão diante de um eventual ataque norte-coreano.
A postura de Washington a respeito foi confirmada pelo secretário de Defesa americano, Robert Gates, durante sua visita a Seul, na semana passada. Atualmente, os EUA mantêm um contingente
de 28,5 mil soldados na
Coréia do Sul.
Segundo a Yonhap, uma equipe americana visitará nesta terça a Coréia do Norte para abordar o processo de desnuclearização do país. O grupo será liderado pelo diretor do escritório de Assuntos Coreanos do Departamento de Estado dos EUA, Sung Kim, e ficará no país asiático até quarta.
Cinco dos países que integram o diálogo nuclear de seis partes — exceto a Coréia do Norte — participarão de uma reunião de dois dias, terça e quarta em Sul, para tratar do envio de energia prometido a Pyongyang em troca de sua desnuclearização. O encontro contará com a presença de representantes de Coréia do Sul, EUA, Japão, China e Rússia.
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