| 18/01/2003 14h21min
A Venezuela quer que o chamado "grupo de países amigos" formado para tentar solucionar a crise política venezuelana reconheça primeiro a existência de um governo legítimo e democrático no país. Após desembarcar no Brasil, o presidente Hugo Chávez reforçou esta posição.
– Na Venezuela há um governo, um governo legítimo, democrático, que deve ser reconhecido em primeiro lugar como tal – afirmou Chávez.
Ele chegou em Brasília para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que trabalhou pela formação do "grupo de países amigos", com a participação, até o momento, do Brasil, Espanha, Portugal, México, Chile e Estados Unidos. O grupo procura ajudar na tarefa de mediação entre Chávez e a oposição que vinha sendo feita pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria.
Chávez, que disse que tratará com Lula do formato que o grupo terá, enfrenta desde dezembro uma greve da oposição, a qual quer sua saída do poder. A greve afetou a indústria petrolífera do país, o quinto maior exportador do produto no mundo.
– Ainda não há formato (para o grupo), é do que vamos falar – disse Chávez no aeroporto de Brasília, antes da reunião com Lula.
O presidente declarou também que os "países amigos" devem trabalhar conjuntamente com seu governo "para enfrentar os males que abatem a Venezuela" e a oposição que não reconhece "as vias constitucionais e foi pelo caminho do golpismo, do terrorismo". Finalmente, Chávez afirmou que seu país "exige" que o grupo se amplie a outras nações e citou Rússia, China, como interessados em ajudar, além de Trinidad e Tobago, Cuba, República Dominica e França. As informações são da Agência Reuters.
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