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A primeira reunião da executiva nacional do PT desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda, dia 20, foi marcada por críticas internas a algumas das primeiras ações adotadas pelo atual governo federal. A condução do programa Fome Zero, carro-chefe do início da administração, foi o principal alvo das críticas. Houve ainda reclamações, vindas das alas do partido não alinhadas à direção, à maneira como a reforma da Previdência Social está sendo conduzida.
As principais críticas à condução do programa Fome Zero partiram da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Ela reclamou que o ministro do Combate à Fome e Segurança Alimentar, José Graziano, deveria ouvir mais a sociedade para implementar o programa. A reunião foi fechada.
Outros integrantes da Executiva também pronunciaram-se de forma crítica sobre o tema na reunião, entre eles o senador Eduardo Suplicy (SP). Antigo opositor do Fome Zero, ele sugeriu uma espécie de versão paralela do programa. Em
duas cidades pobres
nordestinas - provavelmente no Piauí -, haveria um projeto-piloto pelo qual não haveria vinculação do benefício a alimentos. Ao fim de seis meses, seria feita a comparação entre o sistema por ele defendido e o de Graziano, em que é exigida comprovação, por meio de notas fiscais, do gasto com comida.
Único ministro presente à reunião, Luiz Dulci (Secretaria Geral) não se posicionou explicitamente em defesa de Graziano. Declarou apenas que levaria as sugestões ao presidente. A reunião foi esvaziada pelo fato de quatro ministros integrantes da Executiva -José Dirceu (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Benedita da Silva (Assistência Social) e Ricardo Berzoini (Previdência) não terem participado. Eles, juntamente com Dulci, devem se desligar da Executiva em fevereiro para se dedicar integralmente ao governo. Na reunião, houve também crítica interna à forma como está sendo conduzida a reforma da Previdência.
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