O técnico Guilherme Macuglia queria uma mudança de atitude no Figueirense e viu isso na vitória por 3 a 1, diante do Sport, no Estádio Orlando Scarpelli, no sábado. Depois de um primeiro tempo nervoso, com desentrosamento e vaias da torcida, o alvinegro cresceu na segunda etapa e mostrou entrega e superação.

Após a derrota por por 5 a 0 diante do Flamengo, a diretoria disse que tomaria medidas "enérgicas e pontuais", que passaria pela dispensa de jogadores. Mas deu uma última chance contra o Sport. O Figueirense carimbou a faixa de campeão da Copa do Brasil dos pernambucanos.
 
— Havia uma preocupação com a pressão que estávamos sofrendo. Assumimos um compromisso, juntamente com o grupo, no sentido de que não houvesse saída de jogadores. Acho que o grupo tem muito a dar, está em formação, tem jogadores para chegar, além dos nove a 10 atletas que estão no departamento médico. É um processo de formação para o Brasileiro, a base está sendo modificada, e é normal que a gente procure um equilíbrio que não conseguimos no começo da competição — afirmou o treinador.

O presidente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso, disse que um resultado não muda o que os dirigentes pensam sobre o elenco.

— Este resultado alivia, mas tem toda uma performance a ser conquistada. Não vai ser uma partida que vai alterar o que pensávamos. Vamos conversar e, se julgar interessante que mais algum atleta possa sair ou vir, vai ser conversado. Mas não existe lista — disse.

O dirigente disse que o clube vai reforçar o elenco, principalmente na defesa. Confirmou também a saída de César Prates e Élton, que vão para o Atlético-MG, e em troca, o clube mineiro liberou o atacante Marinho.

— Nesta troca que estamos tentando fazer temos interesse no atacante Marinho. Não chegamos a uma definição e esperamos resolver até o início da semana — disse.

Em entrevista ao jornal Lance! o atacante do Atlético revelou querer resolver a sua situação o mais rápido possível:

— Soube do interesse do Figueirense pelo meu empresário e pela internet. Quero resolver essa situação logo, mas se dependesse só de mim, certamente ficaria.

Cleiton Xavier volta a ser o diferencial

O capitão Cleiton Xavier também voltou a jogar bem e a foi o diferencial do alvinegro. No primeiro tempo, quando o jogo estava amarrado, foi dele o lance que resultou no gol de Tadeu. Na segunda etapa, o meia fez o lançamento para o segundo tento e, ainda, marcou o terceiro.

— É um alívio. Sabíamos da cobrança. Mas para nós, que estamos vivemos do futebol, temos que estar acostumados com isso. Independente do resultado, o time todo se entregou e isso foi bacana de ver.  Acho que não houve contra o Flamengo, e isso foi determinante.