| 16/06/2008 04h40min
Aos nove minutos do segundo tempo do jogo de sábado, contra o Goiás, o goleiro Victor viveu a mesma sensação de quem faz um gol. Último obstáculo para que o ex-colorado Iarley marcasse o gol de empate do Goiás, ele fez a defesa com a qualidade que o converteu em jogador de confiança da torcida.
Contando essa, foram quatro participações em que o jogador de 25 anos, 1m93cm, trazido no início do ano do Paulista-SP, impediu gols da equipe goiana. A defesa no chute de Iarley, contudo, teve sabor especial. Por isso, mereceu tanta vibração.
— Pela distância do chute, o grau de dificuldade era muito elevado. Vibrei bastante. Acho que é assim que os atacantes se sentem quando marcam um gol — comentou o jogador, na volta da viagem, ontem à tarde.
Já se passaram quase quatro meses desde que Victor sofreu uma lesão pouco comum a jogadores de futebol. Dia 24 de fevereiro, ao envolver-se em lance com o meia Dangelo, do Esportivo, ele foi atingido na altura dos
rins. Passou três dias no hospital e
precisou esperar por 60 dias para voltar a jogar. Cansou de passar as tardes encostado na tela do gramado suplementar, vendo o treinamento dos outros jogadores. Quando voltou, não tinha qualquer tipo de receio.
Hoje, ele comemora o reconhecimento da torcida com a mesma discrição demonstrada em campo. Vinculado ao Grêmio até dezembro de 2011, não se empolga nem mesmo com os comentários em que é referido como o goleiro mais seguro do time desde a saída de Danrlei. Diz que já se dará por satisfeito se for merecedor do mesmo carinho dedicado ao titular da camisa 1 entre 1993 e 2003.
— São momentos diferentes. O time foi muito bem com ele, por isso o torcedor o tem na lembrança. Espero que, no futuro, também venha a lembrar de mim — diz.
Celso Roth não lhe nega os créditos. O técnico destaca seu estilo sóbrio e a condição técnica, além da segurança que, sem alarde, costuma passar a toda a defesa.
— Ele é um goleiro de grande condição
técnica. É discreto, aparece nos momentos
certos, faz o que precisa ser feito. Um time se encaminha quando tem um bom goleiro. Então, acho que estamos bem — afirma Roth.
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