| 16/06/2008 05h22min
Um vôo fretado com destino a Belo Horizonte foi a melhor saída da Seleção de Dunga e de Robinho de Assunção. A derrota de 2 a 0 para o Paraguai não pode ser considerada como extravagante; já perdemos antes, mas talvez agora se tenha perdido sem a qualidade da resposta que muitos sempre esperam do jogador brasileiro. Os paraguaios jogaram se defendendo e contra-atacando, e jogaram muito bem, com entusiasmo e razoável qualidade técnica. Poderiam ter feito um terceiro gol e jogaram todo o segundo tempo com 10 jogadores. As estrelas jogaram muito pouco, aplastadas pela marcação, fizeram firulas e mesmo elas foram malsucedidas, não houve como elogiar Robinho e Diego. A Seleção padeceu de falta de qualidade, mais uma vez o meio-campo foi frouxo, como já fora contra a Venezuela, fizeram falta Kaká (vou estar com ele no Bem, Amigos, esta noite, talvez troquemos queixas e outras dores) e Ronaldinho, e faltou também time, registro coletivo que muitas vezes redime a inconstância do
futebol.
Reconciliação
O Inter venceu finalmente e nos termos do novo técnico Tite. A torcida no estádio foi bem favorável, o ranço (como diz Fernando Carvalho com autoridade) ficou por conta de uma vaga reticência. O time sustentou bem o jogo e mais ainda quando teve de ir para o vestiário com 10 jogadores, Sidnei foi expulso no último minuto por reiteração de falta. Tite soube traçar com seus jogadores uma tática de guerra para o segundo tempo, recompôs a zaga e partiu para a boa marcação.
Não poderia ter sido mais reconciliadora a tarde marcada por episódios como a notícia da saída de Fernandão. O Inter não apenas venceu outra vez como deu a impressão de que será capaz de vencer mais.
Reconquista
Como se estivesse aguardando a vez, Rudnei recompôs o ataque do Grêmio, que fez três gols - dois de Marcel, o que é um alívio e talvez a melhor notícia do Serra Dourada - e subiu aos céus do Brasileirão: o time de Celso Roth é líder do
campeonato em pontos corridos, a diferença é apenas um gol a
mais do Flamengo. No sábado não puderam jogar Pereira, mas Jean foi muito bem no seu lugar, também Eduardo Costa, autorizando que Willian Magrão comandasse o meio-campo, e ainda Perea, o que de certa forma permitiu o ressurgimento de Rudnei e a primeira afirmação de Marcel. A excelente campanha já tem um goleiro a confirmá-la: Victor foi rigorosamente exato e seguro. Mas é mesmo como diz Celso Roth sempre que lhe perguntam: o time ainda precisa reconquistar a torcida.
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